Estamos destinados à vida eterna, esse é o motivo pelo qual o Senhor nos criou. E para se cumprir esse desígnio, Deus traça um plano a respeito de cada um dos seres humanos; esse projeto é o que firma um sentido para tudo em nossas vidas. Porém, pelo uso da liberdade, podemos escolher não corresponder à pedagogia que o Altíssimo traçou para que, desta terra, alcancemos o Céu. “Os anjos e os homens, criaturas inteligentes e livres, devem caminhar para seu destino último por opção livre e amor preferencial. Podem, no entanto, desviar-se” (cf. Catecismo da Igreja Católica, art. nº 311).
O Senhor determina a ordem e o tempo dos eventos necessários para essa escalada à vida eterna. “Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus” (Ecle 3, 1). Dessa verdade, algumas pessoas intuem erroneamente que os fatos da vida estão predeterminados. Assim, vestem a definição de destino com uma roupagem fantasiosa, como se tudo já estivesse escrito e não fosse mais possível decidir algo por si mesmo. Muitos até se iludem que é possível prever e saber sobre seu futuro.
Ouvimos, em diversas situações, as pessoas interpretarem destino com tons de um romantismo equivocado: "Estávamos predestinados"; "Deus te fez para mim"; "Um amor escrito nas estrelas". Ou então, quando acontece uma fatalidade, dá-se uma concepção de mistério amargo: "Foi Deus quem quis assim"; "Quando chega a hora nada pode impedir". Essas fórmulas de destino não são verdadeiras. O que o Altíssimo nos preparou é conforme Sua vontade, mas o interagir d'Ele conosco se faz sempre na forma de propostas.
A nenhum dos homens e mulheres bíblicos, Deus impôs Sua vontade. Todos consentiram, fazendo uso da própria liberdade. Até mesmo, a maior vocação, na qual continha o maior projeto para um ser humano, que foi dar à luz o Salvador, Deus inclinou-se, propondo, e só deu andamento ao Seu plano após ouvir o 'SIM' da Virgem Maria! (cf. Lc 1, 26 ss).
O que existe como verdade de fé, não é destino, mas a Divina Providência, que tudo encaminha “para uma perfeição última a ser atingida, para qual Deus a destinou” (cf. Catecismo da Igreja Católica, art. nº 302). Somos todos livres até para correspondermos ou não ao que é nossa essência, nossa identidade, naquilo que o Senhor nos constituiu e a Sua Providência. Por isso, somos nós que escrevemos nossa história.
Se alguém resolve tomar uma atitude neste exato momento, ainda que contrária às promessas que o Senhor lhe fez, provavelmente conseguirá. Até Jesus foi tentado, pelo demônio, a saltar do alto do templo, para pôr à prova a Palavra de Deus (cf. Lc 4, 9). O Mestre respondeu, conciliando a promessa divina, que foi citada pelo diabo (cf. Sl 91, 11-12), com a ordem bíblica de não tentar a Deus (cf. Dt 6, 16), mostrando assim que, Sua vida contava com a proteção do Alto, detinha um propósito, mas que Seu destino dependeu também de Suas escolhas.
É preciso ter em mente que o ser humano assume sua parte, por livre iniciativa, quando responde positiva ou negativamente a uma vocação, quando é entronizado num sacramento e até quanto às consequências de seus atos, para o bem ou para o mal. Como por exemplo, um acidente com vítimas por motivo de embriaguez ou displicência no volante. Isso, de modo algum, era o destino dessas vítimas.
Assumimos a profissão que queremos, ainda que as situações da vida no-las tenham imposto por um tempo e seja difícil desdenhá-la hoje, mas ninguém está sujeito a sucumbir até seus últimos dias no mesmo ofício. Nós mesmos escolhemos com quem nos casaremos. O Senhor não decidirá por nós. A Providência Divina pode até indicar uma pessoa como a ideal, mas não seria única opção de sua vida. Caso contrário, se não houvesse nenhuma pessoa mais no mundo capaz de contrair o matrimônio com você, lhe seria tirada a liberdade de decidir por alguém. Por acaso José foi obrigado a aceitar Maria como esposa? Foi num sonho que o anjo, enviado a ele por Deus, solicita que ele não tenha medo de recebê-la por esposa (cf. Mt 1, 20).
Tudo é proposto pelo Senhor e não imposto. Deus é bondade, e como um Pai amoroso, Ele nos cerca de várias opções, de muitas possibilidades, para que cumpramos nesta vida e na futura nossa finalidade última. Ele não impõe, mas propõe, para que o homem também seja responsável pela sua escolha, aprenda a amar o que o Senhor lhe oferece e invista todas as suas forças naquilo, pois esse ser humano vê ali também o desejo do seu próprio coração, ainda que o plano seja divino. De outra forma, poderíamos nos lamuriar e culpar o Senhor pelos sofrimentos e responsabilidades de aderir a Sua proposta. Já imaginou alguém decepcionado com seu casamento, atribuindo a Deus o fardo de ter sido obrigado a estar com tal pessoa?
Para sermos totalmente livres, é preciso que tudo façamos por opção de amor, em todas as variantes de nossa existência. “Pelo livre-arbítrio, cada qual se dispõe sobre si mesmo” (cf. Catecismo da Igreja Católica, art. nº 1731). Liberdade é isso.
A cada dia temos uma chance para recomeçar e escrever um novo. O sol é o mesmo, mas a cada manhã, os raios de luz trazem a novidade de um tempo que é único. Mesmo os dias nublados possuem sua claridade. Deus está no comando da sua vida, mas Seu amor indica um leque de possibilidades para sermos felizes. Se for preciso, recomece tudo outra vez.
Deus abençoe!
Sandro Ap. Arquejada - Missionário Canção Nova
O Senhor determina a ordem e o tempo dos eventos necessários para essa escalada à vida eterna. “Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus” (Ecle 3, 1). Dessa verdade, algumas pessoas intuem erroneamente que os fatos da vida estão predeterminados. Assim, vestem a definição de destino com uma roupagem fantasiosa, como se tudo já estivesse escrito e não fosse mais possível decidir algo por si mesmo. Muitos até se iludem que é possível prever e saber sobre seu futuro.
Ouvimos, em diversas situações, as pessoas interpretarem destino com tons de um romantismo equivocado: "Estávamos predestinados"; "Deus te fez para mim"; "Um amor escrito nas estrelas". Ou então, quando acontece uma fatalidade, dá-se uma concepção de mistério amargo: "Foi Deus quem quis assim"; "Quando chega a hora nada pode impedir". Essas fórmulas de destino não são verdadeiras. O que o Altíssimo nos preparou é conforme Sua vontade, mas o interagir d'Ele conosco se faz sempre na forma de propostas.
A nenhum dos homens e mulheres bíblicos, Deus impôs Sua vontade. Todos consentiram, fazendo uso da própria liberdade. Até mesmo, a maior vocação, na qual continha o maior projeto para um ser humano, que foi dar à luz o Salvador, Deus inclinou-se, propondo, e só deu andamento ao Seu plano após ouvir o 'SIM' da Virgem Maria! (cf. Lc 1, 26 ss).
O que existe como verdade de fé, não é destino, mas a Divina Providência, que tudo encaminha “para uma perfeição última a ser atingida, para qual Deus a destinou” (cf. Catecismo da Igreja Católica, art. nº 302). Somos todos livres até para correspondermos ou não ao que é nossa essência, nossa identidade, naquilo que o Senhor nos constituiu e a Sua Providência. Por isso, somos nós que escrevemos nossa história.
Se alguém resolve tomar uma atitude neste exato momento, ainda que contrária às promessas que o Senhor lhe fez, provavelmente conseguirá. Até Jesus foi tentado, pelo demônio, a saltar do alto do templo, para pôr à prova a Palavra de Deus (cf. Lc 4, 9). O Mestre respondeu, conciliando a promessa divina, que foi citada pelo diabo (cf. Sl 91, 11-12), com a ordem bíblica de não tentar a Deus (cf. Dt 6, 16), mostrando assim que, Sua vida contava com a proteção do Alto, detinha um propósito, mas que Seu destino dependeu também de Suas escolhas.
É preciso ter em mente que o ser humano assume sua parte, por livre iniciativa, quando responde positiva ou negativamente a uma vocação, quando é entronizado num sacramento e até quanto às consequências de seus atos, para o bem ou para o mal. Como por exemplo, um acidente com vítimas por motivo de embriaguez ou displicência no volante. Isso, de modo algum, era o destino dessas vítimas.
Assumimos a profissão que queremos, ainda que as situações da vida no-las tenham imposto por um tempo e seja difícil desdenhá-la hoje, mas ninguém está sujeito a sucumbir até seus últimos dias no mesmo ofício. Nós mesmos escolhemos com quem nos casaremos. O Senhor não decidirá por nós. A Providência Divina pode até indicar uma pessoa como a ideal, mas não seria única opção de sua vida. Caso contrário, se não houvesse nenhuma pessoa mais no mundo capaz de contrair o matrimônio com você, lhe seria tirada a liberdade de decidir por alguém. Por acaso José foi obrigado a aceitar Maria como esposa? Foi num sonho que o anjo, enviado a ele por Deus, solicita que ele não tenha medo de recebê-la por esposa (cf. Mt 1, 20).
Tudo é proposto pelo Senhor e não imposto. Deus é bondade, e como um Pai amoroso, Ele nos cerca de várias opções, de muitas possibilidades, para que cumpramos nesta vida e na futura nossa finalidade última. Ele não impõe, mas propõe, para que o homem também seja responsável pela sua escolha, aprenda a amar o que o Senhor lhe oferece e invista todas as suas forças naquilo, pois esse ser humano vê ali também o desejo do seu próprio coração, ainda que o plano seja divino. De outra forma, poderíamos nos lamuriar e culpar o Senhor pelos sofrimentos e responsabilidades de aderir a Sua proposta. Já imaginou alguém decepcionado com seu casamento, atribuindo a Deus o fardo de ter sido obrigado a estar com tal pessoa?
Para sermos totalmente livres, é preciso que tudo façamos por opção de amor, em todas as variantes de nossa existência. “Pelo livre-arbítrio, cada qual se dispõe sobre si mesmo” (cf. Catecismo da Igreja Católica, art. nº 1731). Liberdade é isso.
A cada dia temos uma chance para recomeçar e escrever um novo. O sol é o mesmo, mas a cada manhã, os raios de luz trazem a novidade de um tempo que é único. Mesmo os dias nublados possuem sua claridade. Deus está no comando da sua vida, mas Seu amor indica um leque de possibilidades para sermos felizes. Se for preciso, recomece tudo outra vez.
Deus abençoe!
Sandro Ap. Arquejada - Missionário Canção Nova
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