Podemos resumir todos os conflitos matrimoniais à seguinte encruzilhada no casal: não estarem de acordo em algum ponto ou em vários pontos. Em outras palavras podemos dizer que os conflitos matrimoniais se dão pelo conflito de razões: um diz ter razão (em fazer aquele plano, fazer aquela compra, tomar aquela decisão, ter aquela atitude, etc.) e outro que diz que ele ou ela não tem razão.
O que podemos dizer a este respeito?
1. A divergência de ponto de vista sempre existirá: isto é assim porque somos diferentes.
2. Em quaisquer que sejam as divergências, um princípio básico da relação matrimonial é que o primeiro bem a ser procurado, onde todos os outros ficam em segundo lugar, é a unidade, a união entre os cônjuges. Em outras palavras, o princípio básico e fundamental da convivência matrimonial é este: “tudo pela união!”
2. Nas divergências que ocorrem entre os cônjuges, algumas delas, em casos bem raros, diria 1%, estarão em jogo questões gravíssimas. Nestas, de fato, não se pode ceder.
3. Em outros casos, diria que 4%, as questões não são gravíssimas, mas são graves. Nestas, haverá casos em que se pode ceder.
4. No restante dos casos, diria 95%, as questões não tem tanta transcendência.
Nestes casos, deve prevalecer, sem nenhuma dúvida o princípio de “tudo pela união” e se costuma dizer que a pessoa melhor, a pessoa mais generosa, deve ceder. Não vale dizer que o outro cônjuge é o melhor, é o mais generoso. Nós é que temos que assumir ser o cônjuge mais generoso.
Tendo em vista estas considerações, podemos dizer o seguinte:
1. Não há conflito matrimonial se se sabe ceder em favor do outro. Como há poucas questões gravíssimas que aparecem na vida do casal, a atitude de ceder deve ser muitíssimo frequente. Isto é assim, pois a maior parte das questões são opináveis, pode-se tanto ir para um lado como para o outro.
2. Ver se não há algum defeito que está nos impedindo de ceder: egoísmo (buscar a satisfação do seu gosto, da sua vontade), orgulho (gera a tirania, gera o braço de ferro, a má competição com o outro cônjuge), insegurança (gera, entre outros defeitos, o ciúme doentio), apego às coisas terrenas, perfeccionismo (querer que o outro cônjuge seja perfeito, esteja num nível muito alto de virtude), etc.
3. O amor avança quando ambos estão continuamente vendo qual é o próximo ponto que podem ceder. Combinar frequentemente com o outro cônjuge: “então eu vou ceder nisto e você vai ceder neste outro ponto”.
4. O amor emperra quando ambos ou um dos dois param de ceder, acham que não tem nenhum ponto que ceder.
5. Saber valorizar o pequeno esforço que o outro cônjuge faz para ceder, para melhorar.
6. A lógica do amor é também a lógica de agradar o outro cônjuge, fazer coisas que o outro cônjuge vai adorar. Este lado positivo do amor nunca pode parar. Talvez por isso, pela sua falta, se caia no lado negativo da relação: os conflitos.
7. Ajuda muitíssimo a oração, a união com Deus. A oração nos eleva, nos faz respirar o ar puro das alturas, nos leva a sair do ar poluído da superfície terrena, nos leva a olhar os problemas do alto da montanha e no alto da montanha tudo que está lá em baixo é bastante pequeno, não é aquele monstro que parecia quando estávamos ao rés da terra.
O que podemos dizer a este respeito?
1. A divergência de ponto de vista sempre existirá: isto é assim porque somos diferentes.
2. Em quaisquer que sejam as divergências, um princípio básico da relação matrimonial é que o primeiro bem a ser procurado, onde todos os outros ficam em segundo lugar, é a unidade, a união entre os cônjuges. Em outras palavras, o princípio básico e fundamental da convivência matrimonial é este: “tudo pela união!”
2. Nas divergências que ocorrem entre os cônjuges, algumas delas, em casos bem raros, diria 1%, estarão em jogo questões gravíssimas. Nestas, de fato, não se pode ceder.
3. Em outros casos, diria que 4%, as questões não são gravíssimas, mas são graves. Nestas, haverá casos em que se pode ceder.
4. No restante dos casos, diria 95%, as questões não tem tanta transcendência.
Nestes casos, deve prevalecer, sem nenhuma dúvida o princípio de “tudo pela união” e se costuma dizer que a pessoa melhor, a pessoa mais generosa, deve ceder. Não vale dizer que o outro cônjuge é o melhor, é o mais generoso. Nós é que temos que assumir ser o cônjuge mais generoso.
Tendo em vista estas considerações, podemos dizer o seguinte:
1. Não há conflito matrimonial se se sabe ceder em favor do outro. Como há poucas questões gravíssimas que aparecem na vida do casal, a atitude de ceder deve ser muitíssimo frequente. Isto é assim, pois a maior parte das questões são opináveis, pode-se tanto ir para um lado como para o outro.
2. Ver se não há algum defeito que está nos impedindo de ceder: egoísmo (buscar a satisfação do seu gosto, da sua vontade), orgulho (gera a tirania, gera o braço de ferro, a má competição com o outro cônjuge), insegurança (gera, entre outros defeitos, o ciúme doentio), apego às coisas terrenas, perfeccionismo (querer que o outro cônjuge seja perfeito, esteja num nível muito alto de virtude), etc.
3. O amor avança quando ambos estão continuamente vendo qual é o próximo ponto que podem ceder. Combinar frequentemente com o outro cônjuge: “então eu vou ceder nisto e você vai ceder neste outro ponto”.
4. O amor emperra quando ambos ou um dos dois param de ceder, acham que não tem nenhum ponto que ceder.
5. Saber valorizar o pequeno esforço que o outro cônjuge faz para ceder, para melhorar.
6. A lógica do amor é também a lógica de agradar o outro cônjuge, fazer coisas que o outro cônjuge vai adorar. Este lado positivo do amor nunca pode parar. Talvez por isso, pela sua falta, se caia no lado negativo da relação: os conflitos.
7. Ajuda muitíssimo a oração, a união com Deus. A oração nos eleva, nos faz respirar o ar puro das alturas, nos leva a sair do ar poluído da superfície terrena, nos leva a olhar os problemas do alto da montanha e no alto da montanha tudo que está lá em baixo é bastante pequeno, não é aquele monstro que parecia quando estávamos ao rés da terra.
Pe. Paulo Monteiro Ramalho
Sacerdote ordenado em 1993. Formado em engenharia civil pela Escola Politécnica da USP (1987), doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce (1993), capelão do IICS – Instituto Internacional de Ciências Sociais. Atende direção espiritual na Igreja de São Gabriel em São Paulo.
Fonte: Com. Shalom
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