sábado, 5 de março de 2011

DEUS, O CRIADOR DO UNIVERSO.


Cumpre sempre a reafirmação da fé na existência de Deus: Diante das negações de certos filósofos e intelectuais que cometem erros elementares nas suas lamentáveis reflexões, nunca é demais recordar os alicerces teológicos e filosóficos desta verdade basilar: Deus existe e é o Criador do universo Nos meios de comunicação social paira, tantas vezes, um ateísmo sutil através de fórmulas incisivas, tentando abalar a crença no Ser Supremo.

A existência em Deus, contudo, não é evidente, tanto que há, de fato, ateus através dos tempos. A existência de Deus é, no entanto, conhecível e demonstrável. O fato da crença em Deus de milhões e milhões de homens, entre os quais inteligências luminosas que brilharam em todos os campos da sabedoria humana, da filosofia à arte, à poesia, à música, à astronomia, à biologia, ao direito, à política, às matemáticas mostra que Deus pode ser conhecido e é, de fato, amado pela maioria dos seres humanos. Grandes pensadores demonstraram que Deus existe, como Santo Tomás, na esteira de Aristóteles, o notável filósofo grego.

Célebres as cinco vias do Doutor Angélico partindo da observação do mundo, a saber, do movimento, das causas, dos seres contingentes, dos diferentes graus de perfeição das coisas, do finalismo do universo. Tudo que há no universo supõe um Primeiro Motor imóvel, uma Causa Suprema, um Ser Necessário, um Ente perfeitíssimo e uma Inteligência Superior que tudo ordenou. Trata-se do Ser Absoluto, origem de tudo. Pela razão o homem pode chegar a esta verdade sublime que é a existência de Deus. A existência de Deus é, contudo, também, e sobretudo, objeto de fé, Ele que se revelou através das Escrituras: “Eu sou aquele que é” (Êx 3,2-14). Nele a essência se confunde com a existência. Tudo mais é contingente: existe, mas poderia não existir. Alguns homens se afastam de Deus e São Paulo explica: “Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe agradeceram; mas envaideceram-se em seu raciocínio, e seu estulto coração acabou mergulhado nas trevas” (Rim 1,21). Outros desprezam a Deus por causa de suas más obras e querem, deste modo, sufocar o remorso que os atormenta. Muitos combatem a Deus, mas se Ele não existe, por que combatê-lo? Onde, contudo, não há Deus, o homem perde sua razão de ser, a vida é sem valor e a crueldade e a brutalidade são coisas normais.

Viver sem Deus é viver sem ideal, sem esperança, sem conforto, sem rumo. Sem Deus não há fidelidade, respeito aos outros, amor, cooperação desinteressada. Os valores que engrandecem o ser racional se esvaziam. Felizes os que têm fé em Deus! É preciso alimentar esta fé com a leitura assídua da Bíblia, com a prática consciente da Religião, da fuga de toda leitura perniciosa eivada de ateísmo. Nunca se repete demais o que foi solicitado a Cristo: “Senhor, aumenta a nossa fé” (Lc 17,5). Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.


Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho



Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Local:Mariana (MG)

catolicanet.com

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