quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

LITURGIA DIÁRIA - SE TUA MÃO TE LEVA A PECAR, CORTA-A.


Primeira Leitura: Eclesiástico 5, 1-10

VII SEMANA COMUM
(verde - ofício do dia)

Leitura do livro do Eclesiástico - 1Não contes com riquezas injustas. Não digas: Tenho o suficiente para viver, pois no dia do castigo e da escuridão, isso de nada te servirá. 2Quando te sentires forte, não te entregues às cobiças de teu coração. 3Não digas: Como sou forte! ou: Quem me obrigará a prestar contas dos meus atos?, 4pois Deus tomará sua vingança. Não digas: Pequei, e o que me aconteceu de mal?, pois o Senhor é lento para castigar (os crimes). 5A propósito de um pecado perdoado, não estejas sem temor, e não acrescentes pecado sobre pecado. 6Não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele terá piedade da multidão dos meus pecados, 7pois piedade e cólera são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa aos pecadores. 8Não demores em te converteres ao Senhor, não adies de dia em dia, 9pois sua cólera virá de repente, e ele te perderá no dia do castigo. 10Não te inquietes à procura de riquezas injustas, de nada te servirão no dia do castigo e da escuridão. - Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial(1)

REFRÃO: É feliz quem a Deus se confia!

1. Feliz o homem que não procede conforme o conselho dos ímpios, não trilha o caminho dos pecadores, nem se assenta entre os escarnecedores. Feliz aquele que se compraz no serviço do Senhor e medita sua lei dia e noite. - R.

2. Ele é como a árvore plantada na margem das águas correntes: dá fruto na época própria, sua folhagem não murchará jamais. Tudo o que empreende, prospera. - R.

3. Os ímpios não são assim! Mas são como a palha que o vento leva. - R.

4. Porque o Senhor vela pelo caminho dos justos, ao passo que o dos ímpios leva à perdição. - R.

Evangelho: Marcos 9, 41-50

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos - Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos 41E quem vos der de beber um copo de água porque sois de Cristo, digo-vos em verdade: não perderá a sua recompensa. 42Mas todo o que fizer cair no pecado a um destes pequeninos que crêem em mim, melhor lhe fora que uma pedra de moinho lhe fosse posta ao pescoço e o lançassem ao mar! 43Se a tua mão for para ti ocasião de queda, corta-a; melhor te é entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível 44[onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga]. 45Se o teu pé for para ti ocasião de queda, corta-o fora; melhor te é entrares coxo na vida eterna do que, tendo dois pés, seres lançado à geena do fogo inextinguível 46[onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga]. 47Se o teu olho for para ti ocasião de queda, arranca-o; melhor te é entrares com um olho de menos no Reino de Deus do que, tendo dois olhos, seres lançado à geena do fogo, 48onde o seu verme não morre e o fogo não se apaga. 49Porque todo homem será salgado pelo fogo. 50O sal é uma boa coisa; mas se ele se tornar insípido, com que lhe restituireis o sabor? Tende sal em vós e vivei em paz uns com os outros. - Palavra da salvação.

catolicanet.com


Homilia

O discípulo do Reino, no exercício de sua missão, deve ser muito cauteloso para não se tornar ocasião de pecado para quem está dando os primeiros passos na fé. O pecado, neste caso, consistiria em refutar Jesus e se recusar a aderir ao Reino anunciado por ele. E os próprios discípulos, agindo de forma inconsiderada, corriam o risco de se tornarem culpados deste fracasso e serem julgados por isso.

As atitudes inconsideradas do discípulo em missão podiam ser muitas. Eles corriam o risco de serem intransigentes e impacientes, não respeitando o ritmo próprio de cada pessoa no seu processo de adesão a Jesus. Não estavam livres do espírito farisaico, que os levava a ser extremamente severos e exigentes com os recém convertidos, esvaziando as exigências quando se tratava de si mesmos. Com a liberdade adquirida junto a Jesus, podiam ter atitudes chocantes para os pequeninos, ainda atrelados a antigos esquemas, que só com dificuldade deixavam-se permear pela novidade do Reino. Levados por um espírito corporativista, podiam ceder à tentação de selecionar, com critérios humanos, os novos discípulos, excluindo pessoas predispostas para o Reino, mas que não satisfaziam suas exigências.

A denúncia de Jesus contra esta mentalidade foi violenta. Se o discípulo não se desfizesse desta visão deturpada, corria o risco de ver-se lançado no inferno.



Pe. Jaldemir Vitório
liturgiacomentada.blogspot.com

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