Não podendo ir, pessoalmente, a Tessalônica, São Paulo escreve aos fiéis dessa comunidade cristã: “Diante de Deus, nosso Pai, recordamos sem cessar a atuação da vossa fé, o esforço da vossa caridade e a firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.” (1Ts 1,3) O apóstolo reconhece a importância das virtudes teologais – fé, caridade e esperança - na vivência dos cristãos. Cada uma tem conteúdo próprio, contém exigências específicas e é portadora de uma graça especial para que, na convivência fraterna, os cristãos possam viver, da melhor forma, a comunhão com Deus e com o próximo.
A virtude da esperança está presente na vida dos discípulos e discípulas de Jesus, enquanto peregrinam pelas estradas do mundo, conhecendo a adversidade da caminhada, a penumbra da vida e a sombra da história, porém sempre enxergando o horizonte de sua realização. São Paulo, na Carta aos Romanos, também se refere à firmeza da virtude da esperança, na vida da comunidade: “Por Jesus Cristo tivemos acesso, na fé, a esta graça na qual nos encontramos firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. Mais ainda, gloriamo-nos também das tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, a paciência a firmeza, e a firmeza a esperança. Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.” (Rm 5, 2-5)
Como mostra a experiência, no plano psicológico, situações adversas levam inúmeras pessoas a um estado de desestruturação de sua personalidade e, por consequência, de sua vida familiar, profissional e social, chegando ao estado de depressão. Diante de problemas de ordem psicológica, psicanalítica e psiquiátrica que, por sinal, se tornam uma realidade crescente, nos dias de hoje, inclusive na vida de pessoas das camadas populares, é extremamente importante a contribuição da ciência da saúde ao efetuar o diagnóstico e ao indicar as terapias adequadas.
Como mostra a experiência, no plano psicológico, situações adversas levam inúmeras pessoas a um estado de desestruturação de sua personalidade e, por consequência, de sua vida familiar, profissional e social, chegando ao estado de depressão. Diante de problemas de ordem psicológica, psicanalítica e psiquiátrica que, por sinal, se tornam uma realidade crescente, nos dias de hoje, inclusive na vida de pessoas das camadas populares, é extremamente importante a contribuição da ciência da saúde ao efetuar o diagnóstico e ao indicar as terapias adequadas.
Na verdade, os problemas da mente humana, qualquer que seja a sua natureza, revelam que há problemas não resolvidos e, em alguns casos, nem mesmo identificados. As políticas públicas não oferecem ainda um serviço satisfatório a pessoas que carregam a pesada carga dos problemas psicológicos, muito embora, em muitos Municípios, já exista uma certa assistência em centros de referência. Sabidamente, o tratamento dos problemas da mente é lento e o próprio paciente, mais do que os aqueles que estão ao seu lado, percebe isso, existencialmente. A Igreja reconhece a importância da contribuição da ciência e desses centros de atendimento a pessoas em estado depressivo ou em situações semelhantes.
Obviamente, os cristãos não estão imunes desses problemas psicológicos e de outra ordem, porém contam com a graça própria da virtude da esperança no enfrentamento das dificuldades de sua existência; sabem, portanto, que a força da sua resistência, frente às adversidades, se encontra em Deus que os salva, por isso, não se perdem em meio aos desafios do tempo presente. A virtude da esperança norteia a vida dos cristãos, em busca dos rumos certos, em sua caminhada histórica, mas, sobretudo, lhe dá a necessária firmeza para superar os obstáculos que se apresentam no seu dia a dia, na busca da salvação, na vida eterna. A propósito dessa expressão, escreve o Papa Bento XVI na Encíclica “Spe salvi” (Salvos na esperança): “A palavra ‘vida eterna’ procura dar um nome a esta desconhecida realidade conhecida. Necessariamente é uma expressão insuficiente, que cria confusão. Com efeito, ‘eterno’ suscita em nós a ideia do interminável, e isto nos amedronta; ‘vida’, faz-nos pensar na existência por nós conhecida, que amamos e não queremos perder, mas que, frequentemente, nos reserva mais canseiras que satisfações, de tal maneira que se por um lado a desejamos, por outro não a queremos. A única possibilidade que temos é procurar sair, com o pensamento, da temporalidade de que somos prisioneiros e, de alguma forma, conjecturar que a eternidade não seja uma sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade.”
A virtude da esperança assegura às pessoas, em sua trajetória terrestre, as graças da paciência, perseverança e constância, diante da certeza da eternidade que as aguarda.
Por:Dom Genival Saraiva
Fonte: CNBB
Obviamente, os cristãos não estão imunes desses problemas psicológicos e de outra ordem, porém contam com a graça própria da virtude da esperança no enfrentamento das dificuldades de sua existência; sabem, portanto, que a força da sua resistência, frente às adversidades, se encontra em Deus que os salva, por isso, não se perdem em meio aos desafios do tempo presente. A virtude da esperança norteia a vida dos cristãos, em busca dos rumos certos, em sua caminhada histórica, mas, sobretudo, lhe dá a necessária firmeza para superar os obstáculos que se apresentam no seu dia a dia, na busca da salvação, na vida eterna. A propósito dessa expressão, escreve o Papa Bento XVI na Encíclica “Spe salvi” (Salvos na esperança): “A palavra ‘vida eterna’ procura dar um nome a esta desconhecida realidade conhecida. Necessariamente é uma expressão insuficiente, que cria confusão. Com efeito, ‘eterno’ suscita em nós a ideia do interminável, e isto nos amedronta; ‘vida’, faz-nos pensar na existência por nós conhecida, que amamos e não queremos perder, mas que, frequentemente, nos reserva mais canseiras que satisfações, de tal maneira que se por um lado a desejamos, por outro não a queremos. A única possibilidade que temos é procurar sair, com o pensamento, da temporalidade de que somos prisioneiros e, de alguma forma, conjecturar que a eternidade não seja uma sucessão contínua de dias do calendário, mas algo parecido com o instante repleto de satisfação, onde a totalidade nos abraça e nós abraçamos a totalidade.”
A virtude da esperança assegura às pessoas, em sua trajetória terrestre, as graças da paciência, perseverança e constância, diante da certeza da eternidade que as aguarda.
Por:Dom Genival Saraiva
Fonte: CNBB
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