quinta-feira, 15 de setembro de 2016

A NÓS CABE SABER ESCUTAR E TRANSFORMAR A PALAVRA EM VIDA.


 


O maior desejo que temos dentro de nós é “escutar a Deus”, mas ele não fala aos nossos ouvidos, ele fala ao ouvido do cora­ção, que deve ser disponível para acolher a verdadeira palavra que          desce do alto. Não podemos per­mitir que o coração se embruteça e se torne surdo à voz do Senhor. Sem dúvida, para poder compre­ender melhor esta escuta de Deus nada de mais apropriado que a
parábola do semeador (Mt 13, 3-9).
Aqui o mesmo Jesus nos re­corda que a semente é sempre boa, “é a palavra de Deus”. O semeador é bom — “é Deus que fala”, mas o terreno nem sempre é dos melhores: “é o coração humano”, que escuta e acolhe a palavra. Se ela não encontrar o terreno conveniente a palavra - se­mente é destinada a permanecer  infrutífera e morre.
Escutar a Deus significa deixar que do mais íntimo do nosso co­ração suba até ele as mesmas ins­pirações que vêm dele, todo sentimento bom e desejo que esteja  em conformidade com a palavra do Senhor. É ele quem fala e cabe a nós saber escutar e praticar.
Deus continua a falar aos homens e mulheres de todos os tempos, cabe a nós saber reconhe­cer a sua voz, acolhe-la dentro de nós e revesti-la de carne, dando lhe vida e produzindo frutos abundantes. Na tradição espiritual do  ocidente nós temos os santos, os místicos que souberam “ escutar a palavra”, tornando-se eles mesmos palavras viventes do Deus Vivo. Na tradição oriental o “escutar a palavra” é “ser imagem do Deus Vivo, que é Cristo Jesus”.
As três escutas, ou seja, a es­cuta de Deus, de nós mesmos e do outro, vão regenerando em nós o homem novo, despindo-nos do homem velho, acostumado a “es­cutar” a velha palavra do pecado e do egoísmo.


Deus abençoe.

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