quinta-feira, 29 de agosto de 2013

OS CRISTÃOS SOFREM.


É digna de menção esta notícia que saiu inclusive na mídia secular: «Peregrinos que vieram para a JMJ pedem refúgio ao Brasil». A matéria é relativamente longa e vale uma leitura: nestes dias em que parece démodé falar sobre as perseguições que milhares de cristãos sofrem mundo afora por conta da sua Fé, ver o véu do silêncio hipócrita da mídia ser (ao menos um pouco!) rasgado revigora a nossa esperança em dias melhores. Frutos da JMJ!
Não se trata de vitimismo. Aprendemos que, sob a ótica cristã, as nossas cruzes são a nossa glória e, os nossos sofrimentos, a nossa alegria. Trata-se de uma questão de justiça. Beati pauperes!, sim, como aprendemos nas páginas sagradas do Evangelho, mas isso não nos autoriza a fecharmos os nossos olhos às misérias do mundo, e nem muito menos a fomentá-las com a nossa indiferença.
À perseguição por causa de Cristo – por odium Fidei – em grau supremo dá-se o nome de martírio, que significa testemunho. E o testemunho cristão não pode ser calado à força do silêncio lançado sobre ele pelos meios de comunicação. Isso é injurioso para com os mártires e ultrajante para com os que sofrem. Que, exatamente por sofrerem, merecem pelo menos o nosso respeito e a nossa consideração.
Os cristãos sofrem. Na Coréia do Norte, para ficar em um só exemplo, eles fingem contar feijões para rezarem o Rosário. Bem-aventurados, sem dúvidas! Mas seríamos os mais insensatos dos homens se não nos aproveitássemos do testemunho deles para fortalecer a nossa própria Fé. E de que censuras não serão dignos os que trabalham para que histórias assim não sejam conhecidas e, portanto, não dêem o fruto que poderiam dar! Os cristãos sofrem, e neles é o próprio Cristo que sofre. Pelas dores d’Ele nós fomos salvos. Pelas deles, perseveramos.





 por Jorge Ferraz


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