domingo, 29 de agosto de 2010

A VISITA

O membro de um grupo de oração, sem aviso prévio, deixou de participar de suas atividades. Após algumas semanas, o coordenador decidiu visitá-lo.
Era uma noite muito fria, e ele encontrou o homem em casa, sozinho, sentado diante da lareira, onde ardia um fogo brilhante e acolhedor.
Adivinhando a razão da visita, o homem deu as boas vindas, conduziu-o a uma grande cadeira perto da lareira e ficou quieto, esperando.
O líder acomodou-se confortavelmente no local indicado, mas não disse nada. No silêncio total que se formara, apenas contemplava a dança das chamas em torno da lenha que ardia.
Depois de alguns minutos, o líder examinou as brasas que se formaram. Cuidadosamente, escolheu uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a de lado. Voltou-se então, a sentar-se permanecendo silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e quieto.
Lentamente, a chama da brasa solitária diminuía, até que houve um brilho momentâneo e seu fogo apagou-se de uma vez. Em pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e de luz, não passava de um negro, frio e apagado pedaço de carvão, recoberto de uma espessa camada de fuligem acinzentada.

Nenhuma palavra tinha sido dita desde o formal cumprimento inicial entre os dois. Antes de se preparar para sair, o coordenador manipulou novamente o carvão frio, devolvendo-o ao fogo. Quase que imediatamente, ele tornou a incandescer, alimentado pela luz e calor dos carvões ardentes em torno dele.
Quando já havia alcançado a porta para partir, seu anfitrião disse:
- Obrigado pela visita e pela belíssima lição. Estou voltando ao convívio do grupo. Deus te abençoe !

NOTA:
Aos membros vale lembrar que eles fazem parte da chama, e que, longe do grupo de oração, perdem todo o brilho da fé e do ardor missionário, dando lugar a vazios, medo, incertezas, enfraquecimento espiritual e consequentemente a queda. Aos coordenadores, que eles são responsáveis por manter acesa a chama de cada um e por promoverem a união entre seus membros para que o fogo seja realmente forte, eficaz e duradouro, devendo manter sempre a atitude de vigilância, próprio do bom Pastor.

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