terça-feira, 31 de agosto de 2010

"A FÉ CRISTÃ É INCOMPATÍVEL COM A REENCARNAÇÃO"


MONTEVIDÉU, 30 Ago. 10 / 07:48 pm (ACI).- O Bispo de Salto, Dom Pablo Galimberti, recordou aos católicos que a crença na reencarnação é incompatível com a fé cristã, porque a vida é uma só e ao final dela Deus fará um juízo justo e misericordioso.“A reencarnação não é compatível com a fé cristã, de acordo com os ensinamentos de Cristo, segundo o qual ao final de nosso único caminhar vital, haverá um juízo e uma eternidade, conforme a nossas obras, postas na balança por um Deus justo e misericordioso. Este final imprime à nossa vida um caráter único”, expressou o Prelado em um artigo publicado no jornal Cambio.Dom Galimberti explicou que a reencarnação é uma crença do hinduísmo, do budismo e da religião afro-brasileira e espírita Umbanda. “Em muitas cidades do Ocidente desembarcaram centenas de gurus que difundem e iniciam nestas crenças; outras vezes também são conhecidas através da prática da Yoga, não enquanto posturas corporais mas enquanto idéias que no curso de tais sessões, às vezes, são propostas”, indicou.O bispo uruguaio afirmou que respeita às pessoas com outras crenças. Entretanto, recordou aos cristãos que esta idéia não é compatível com os ensinamentos de Cristo.O bispo indicou que também da filosofia se pode analisar esta idéia. “Julián Marías diz que o aspecto irrepetível da vida humana poderia ser expresso assim: ‘os dias contados’ e que isto nos obriga a ter que acertar. É que se a vida fosse interminável não seria importante errar, porque o tempo perdido seria indiferente; sempre ficaria outro capítulo para retificar ou voltar a começar”, explicou.Dom Galimberti recordou que “cada porção da vida gravita sobre todas as demais, de tal modo que quando jogamos um fragmento da vida, em certa medida estamos jogando a vida inteira. A vida é pois irrevogável”.Entretanto, indicou que “nossa época tem uma tremenda resistência a aceitar a irrevogabilidade da vida. O homem atual não quer que nada seja irrevogável (os anos, envelhecimento, matrimônio, os votos religiosos…)”.“O mal é que essa resistência é bastante inútil, porque seja que nós gostemos ou não, é assim, e quando se tenta contrariar esta condição, em primeiro lugar se desvaloriza aquilo que se pretende fazer revogável”, explicou o prelado citando o autor Julián Marías.Finalmente, Dom Galimberti citou à Beata Madre Teresa de Calcutá, quem viveu muitos anos na Índia. “vou passar pela vida uma só vez, se algo bom eu posso fazer, devo fazê-lo agora, porque não passarei de novo por aqui”, expressou a religiosa.

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