terça-feira, 25 de agosto de 2015

O VALOR DA CONSTÂNCIA.

Somos pessoas constantes, perseverantes em nossos ideais e propósitos?
Seguem algumas palavras valiosas de um autor que ressalta a importância dessa virtude:
A perseverança é requisito essencial para (...) consumar a vida. Chegar à plenitude do nosso ser é uma grande obra. Mas essa obra não é fruto do entusiasmo de um momento. Exige esforço continuado ao longo da existência inteira.
Houssay, uma das celebridades da biologia moderna, faz uma consideração que se pode aplicar a qualquer terreno, para além da pesquisa científica: “Devo dissipar a curiosa opinião de muitos, de que se podem fazer descobertas casuais por intuição ou sorte.

Não se chega a fazer nenhuma obra científica séria nem descobrir nada, se não se trabalha intensa e prolongadamente. A sorte ajuda os que a merecem pela sua preparação e pela sua laboriosidade: as obras geniais são frequentemente o resultado de uma longa paciência.
Há uma errônea superstição sobre os prodígios da inteligência natural; mas a verdade é que esta não produz frutos sem um trabalho intenso e perseverante. Quando ouço falar desses inteligentes que não trabalham, penso que, se não o fazem, é porque não são suficientemente inteligentes”.
Temos de nos convencer de que a maior força que o homem possui não é a da sua inteligência, nem a dos seus músculos ou do seu entusiasmo, mas aquela que se condensa, pela constância, numa vontade de ferro. 

Quantos homens inteligentes e entusiastas fracassaram por não terem sido capazes de suportar o peso de um trabalho continuado. Quantos estariam dispostos, num lance de audácia, a arriscar a vida por um ideal, mas não sabem encarar uma circunstância adversa, talvez pequena, quando esta se prolonga durante anos ou lhes parece revestida de um caráter crônico.
Então — perguntamos — não é a constância mais forte do que a audácia? Não é por cima do entusiasmo, da impetuosidade e da inteligência que a constância triunfa?
Longe de considerá-la como um mal menor ou um recurso necessário para os menos dotados, é necessário encará-la fundamentalmente como um grande dom de Deus, que devemos esforçar-nos por conseguir, seja qual for a nossa situação pessoal.

Porque a constância é um acumulador de energia, uma mola secreta que propulsiona todos os empreendimentos, dosando a força segundo as circunstâncias e necessidades.
Era ela que estava escondida no ânimo de um cientista como Pasteur (...), na persistência anônima dos construtores das catedrais góticas: quantos pequenos esforços, quantas pedras colocadas uma ao lado da outra, sem que cada uma delas representasse muita coisa ante a imensidão do conjunto...
Mas a constância aglutina o disperso, consolida o débil e agiganta o pequeno. Sem essa virtude, não haveria nem plenitude nem vitória final.
Se é tão grande a força da constância, não nos parecerá sensato tentar adquiri-la? (Rafael Llano Cifuentes, “A Constância”, Ed. Quadrante).

A constância é uma virtude de valor extraordinário! Quantas pessoas conheço que, pensando por exemplo somente no campo profissional, triunfaram por ter sido focadas e constantes?
Por outro lado, quantas pessoas conheço que estão paralisadas profissionalmente, apesar de ser muito inteligentes, por não ter foco, e a cada hora parece que são assaltadas por uma ideia nova.
Pensando até na luta pela santidade, para sermos cada vez mais parecidos com Jesus Cristo, lembro-me de um sacerdote muito santo que dizia que “bastam muito poucas coisas para nos santificarmos; o que é preciso é ir até o fim”!
Ir até o fim!!! Façamos o propósito nesta semana de ir até o fim em nossos projetos. Como dizia Santa Teresa, “Venha o que vier, aconteça o que acontecer, custe o que custar, murmure quem murmurar”.
Determinada determinação!

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