sexta-feira, 26 de outubro de 2012

PARAÍSO PERDIDO


Se considerarmos e revirmos a saga humana, desde a criação de Adão até hoje, por tudo aquilo que sabemos ter de fato acontecido, e especialmente por tudo aquilo que não vimos acontecer – que sem dúvida é ainda pior do que a história descreve – nós poderemos afirmar com absoluta certeza que o homem desprezou trilhões e trilhões de vezes ao plano fantástico e amoroso que Deus tinha para nossa vida. Rios de sangue foram derramados, pela absoluta estupidez da loucura humana. Mares de povos forem dizimados, pela completa sanha odiosa de multidões de celerados. Obras incríveis foram já erguidas, e depois demolidas pelo furor dos “conquistadores”. Impossível descrever em poucas palavras tudo aquilo que o homem já praticou, nesta sucessão tenebrosa de procedimentos. E agora desanda tudo ao abismo. Jamais como hoje, a humanidade esteve tão à beira de uma catástrofe global. 
  
O homem é nada mais que um mísero sopro, cuja existência depende de um infinito de combinações. É de tal modo complexa a constituição humana, é tão absolutamente perfeito todo o seu ser – neste conjunto de corpo e mente, alma e espírito – que mesmo os mais renegados ateus se obrigam a aceitar que nada nele pode ser mudado, para ser melhor, mais bonito, mais perfeito. Simplesmente porque há um equilíbrio tão assombroso neste conjunto, que qualquer alteração nele feita, pode resultar em completo desastre. E isso foi criado, não é obra de um acaso fortuito, porque isso geraria a imperfeição, jamais a perfeição. Mas não quero falar aqui da evolução, nem da criação, e sim apenas mostrar ao amigo leitor, o dilúvio infinito de perfeições do bem, que perdemos todos, por não darmos valor a aquilo que o Criador Onipotente colocou em nosso ser e ao nosso dispor. 
  
Consideremos Adão e Eva, com seus dons inauditos. Consideremos a proposta do Pai, de mantê-los em virginal pureza e mergulhados na fonte do Amor Infinito, prontos para o gozo permanente, a alegria constante, a vida plena em todos os sentidos, sem dor, sem sofrimento, sem tristeza, sem medos, sem cansaço, sem ódios e rancores, sem ganâncias e usuras, sem brigas e discussões, sem pecados de qualquer quilate ou espécie, e coloquemos isso em contraponto ao que temos sido e feito e temos hoje. Este era o desejo de Deus, este era o sonho de Deus, este era o plano inicial para o qual fomos criados. E dentro dele, e na medida em que fôssemos mergulhando neste mundo de Amor infinito, Deus nos cumularia com dons cada vez mais extraordinários, de modo a chegar até a perfeição dos anjos, com a vantagem de termos um corpo físico, este sempre no viço, no vigor permanente, porque na pureza, na inocência e na obediência. 
  
É impensável, é incomensurável o infinito de bens que perdemos desde Adão até aqui, por querermos – como nossos primeiros pais – seguir sempre nossos caprichos, nossos desejos, nossas ambições, nossos projetos, nossas vontades, sempre o “eu” como mestre de mim mesmo. Eis no que deu: o homem se tornou um saco de remendos, e com isso um simples arremedo daquele ser que Deus criou, e ainda cria, exatamente porque seguindo seus caprichos de aparentes facilidades, na realidade afunda sempre mais, mergulha cada vez mais profundamente no abismo que ele criou, em sua aberrante teimosia. E tanto mais o homem segue seus caprichos, mais amplia sua rebeldia contra Deus, mais O desfia com suas atitudes, mais O ofende, com seus dilúvios diários de pecados, ofensas e sacrilégios. 
  
Ponto para satanás, que nos chama muito acertadamente de sacos de esterco. Seu maior ódio se expressa contra nós em parte porque sobre nós pode descarregar sua ira contra Deus, mas por outro e devido sua natureza angelical anterior, pelo fato de que recebemos milhares de chances de conversão e não aproveitamos, e ele teve uma só. Desta forma ele tem vencido inumeráveis batalhas e se aproxima o tempo em que satanás realmente achará que o mundo está tão podre, tão depravado, tão degenerado, tão profundamente mergulhado em sacrilégios e pecados, que sua vitória lhe parecerá certa e segura. Isso nós já temos dito inumeráveis vezes, porque assim o preveem as Sagradas Escrituras. E realmente estamos em vias de chegar a este ponto letal, onde a humanidade sentirá antes a explosão do fogo do Espírito Santo, como última chance e depois, se não se converter, experimentará o peso do braço da Ira Divina. Acabar-se-á então, para os maus, o tempo da misericórdia. 
  
Alguém poderá perguntar o que seja a Infinita Misericórdia de Deus! Milhares a explicam, erradamente, como esta capacidade sem limites decontinuar aceitando nossos crimes e pecados, e continuar perdoando sempre como uma banana podre, mas eu a definiria como o supremo poder do Amor, que tem conseguido nos suportar por sete milênios seguidos, sem nos haver exterminado. E isso desde Adão, porque nós teríamos feito isso! Sim, porque – como acima falei – são tantos trilhões de desafios que já fizemos contra Ele, que é literalmente impossível, para uma mísera criatura como nós, sermos capazes de entender como Deus nos consegue ainda suportar. Misericórdia então, não se aplica ao perdoar o futuro pecado, que ainda se irá cometer – porque pregar isso é ampliar nosso desafio – e sim em reconhecermos a paciência inaudita que Ele tem tido para conosco, sem nos fulminar. 
  
Posto isso, quem sabe poderíamos achar que esta situação é mesmo irreversível, incontrolável, que chegados a este ponto não seria mais possível recomeçar. Não, isso simplesmente não é impossível, porque para Deus isso não existe. Sim, porque Ele colocou em nossas mãos os meios DELE para mudarmos completamente o quadro atual do mundo, embora que isso só possa ser feito pelos caminhos Dele. Vejam que nós rezamos no Credo: Creio em Deus Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra. Sei que 99,99% das pessoas rezam esta poderosa oração, mas passam por cima das palavras mecanicamente como um trator passa sobre pedregulhos, sem se darem conta do que isso significa. Se nós sabemos que o Universo é infinito, e se sabemos que Deus está lá também, quer dizer que somos menos do que um grão de pó, menos que um átomo, e somente não somos zero porque Ele assim o quer. 
  
Consideradas então as duas dimensões, a divina e a humana, a Dimensão de Deus e seu Poder, a nossa dimensão finita, frágil, diminuta, mortal, falível, de seres inseguros – embora incrivelmente perfeitos dentro do fim para o qual fomos criados – é de pasmar que haja homens com ousadia suficiente para O desafiarem. Como o fazemos hoje, mais do que nunca antes! É risível esta atitude, a de quem se arroga em tal dimensão, até porque os verdadeiros cientistas – não os nanicos pretenciosos pagos pela besta – percebem que, na medida em que avançam no conhecimento, precisam se curvar ante o infinito saber de algum Ser Maior, que projetou, executou em mantém em funcionamento tudo o que existe, desde a diminuta estrutura dos menores seres vivos, até a mais assombrosa dimensão dos bólidos gigantes. É absurdo não reconhecer isso, e prova de ausência completa de sabedoria continuar teimando em desafiar Deus. 
  
Ele nos deu o poder de conquistar o Paraiso Terrestre, baseado em apenas uma regra áurea: amar Deus sobre todas as coisas! Mas ao invés disso construímos esta civilização do ódio, fiada no poder destruidor dos exércitos, em suas conquistas científicas e em seus incríveis conhecimentos, nós erigimos obras monumentais por força de uma capacidade conquistada através dos séculos, entretanto não demos ainda um simples passo em direção a Aquele que poderia multiplicar por milhões todas estas conquistas, antes nos afastamos Dele, como se fosse possível fugir Daquele que É. E por incrível que possa parecer, também na Igreja estamos dando este mesmo passo de afastamento de Deus, na medida em que explode esta tenebrosa apostasia. Predita para este final dos tempos ela se torna cada vez mais dilacerante, porque faz cegar as pessoas para a verdade em Deus, verdade da Igreja, para o acatamento das mentiras teológicas de satã. 
  
Depois que eu escrevi no artigo anterior, sobre o fato de que não conheço, entre todos os bispos e padres que sei da existência, dos quais me falaram nem um só deles que tenha um Grupo de Oração formado, persistente e ativo, do qual seja ele o homem de frente, o dínamo, o motor e a presença primeira. Que é a oração? Eu acima falei do infinito poder de Deus, de Sua dimensão inatingível, e de todos os atributos de bem elevados ao infinito que compõem Seu Ser, e é por isso que Deus diz de Si: Eu Sou aquele que É! E é por isso que Jesus diz de Si: sem Mim, nada podereis fazer! Ora, isso significa que “Aquele que É” e sem o Qual nada poderemos fazer, simplesmente é absoluto em Si mesmo, e não precisa de nada do que venha de nós para aumentar em Si qualquer de Seus atributos de bem, todos infinitos. Quem É Tudo, não pode sofrer acréscimo de mais nada. 
  
Assim, a oração é a forma humilde de pedir, de declarar-se necessitado, precisado de ajuda e de proteção, de quem sente, sabe, percebe e aceita a infinita miséria do seu nada, diante Daquele que é Supremo, e então pede, suplica, por aquilo de que necessita, sem qualquer tipo de exigência ou contrapartida. Deus obedece à nossa oração! Mas a verdadeira oração deve ser a de aceitação plena, a de conformidade absoluta com a Vontade Divina, sabendo que somente desta forma poderemos ser plenamente felizes e realizados. E esta mesma oração, confiante, conformada com a Divina Vontade, se for feita em conjunto ou grupos de pessoas, em soma de comunidades, de cidade e países, ela pode mudar tudo, alterar qualquer plano destruidor, ou minimizá-lo até quase o nível zero. Elas podem mudar a intensidade dos castigos, e atenuar as perdas de vidas, de modo a torna-las insignificantes. 
  
Como poderíamos chegar a isso? Como falei acima, agindo na totalidade de nossa força de orações! Mas isso é de todo impossível, se as cabeças não agirem, não estiverem à frente de tudo. Um leigo sozinho, não faz nada! Uma andorinha não faz verão! São os bispos – dotados de poder de mobilização – que precisam estar em frente aos GRUPOS DE ORAÇÃO, são os sacerdotes que precisam incentivar as orações, especialmente do Rosário, como ÚNICA forma de mudar o mundo, para como Deus o planejou. Como única forma de atenuar os efeitos das terríveis catástrofes que se abaterão sobre a humanidade, caso não se converta, e se converta em massa. Isso está nas Sagradas Escrituras, e quando leio sobre o que os antigos profetas falaram sobre o Dia do Senhor – dia da Justiça Divina – meu corpo inteiro treme de pavor. E é por isso que tanto me esforço em alertar incansavelmente as pessoas, para que voltem seus corações para Deus, em súplicas e em preces ardentes, para que Ele mude isso, pelo menos que atenue e não haja tantos sofrimentos. 
  
Na realidade, em sua grande maioria nossos líderes religiosos jamais entenderam o imenso poder que Deus colocou em suas mãos. Mas este poder, esta força, não brota apenas do poder em si, e sim precisa alimentar-se de contínuo da verdadeira fonte do Poder Infinito, precisa alimentar-se de Deus. E isso somente se faz pela oração humilde e confiante. Pelas ordens que Jesus deu aos sacerdotes, e pelos poderes que Ele lhes outorgou, os sacerdotes poderiam mudar o mundo. Sinto que se todos os mais de 400 mil padres católicos atuais, com toda força de seu coração, e com toda a humildade de sua alma, unidos num só pedido, depois de fazerem uma perfeita e contrita Confissão, passassem uma noite apenas, em adoração profunda, diante do Santíssimo, no amanhecer do dia seguinte, a terra resplandeceria como Novo Reino, e aqui restariam apenas os santos... A começar por eles mesmos! 
  
Sim, porque Deus, naquela noite, como um dia fez com os primogênitos dos egípcios, passaria de casa em casa, em todo mundo, coletaria todos os maus, os que não querem conversão, e todos os que não merecem viver na nova terra, porque não se esforçam, não lutam por ela, deixando a terra limpa dos defensores da iniquidade. Quanto aos padres não merecedores deste Novo Mundo – aqui na terra – estes seriam arrebatados também e ganhariam o Céu em plenitude de seu sacerdócio. Seria isso algo tão difícil? Seria algo tão impossível? Óbvio que não! Mas não resta dúvida alguma de que jamais isso acontecerá, devido ao estado lastimável de alma em que a imensa maioria deles se encontra, estado deplorável, de miséria espiritual, de fenecimento interior. Tudo isso pela falta de oração, falta de colocar-se nas mãos de Deus, e especialmente, nestes tempos, no colo de Nossa Senhora, em humildade e prece. 
  
Vejam na história da Igreja, quantas batalhas foram vencidas com o Rosário de Maria, uma oração tão fácil e tão simples. Mas exatamente por ser fácil e simples é que ela é tão eficiente quanto poderosa. Não existe na terra força maior do que aquela que brota, floresce e frutifica dos joelhos dobrados em oração, especialmente do Rosário. Não existe nenhum problema no mundo, por maior que seja que não possa ser resolvido, pela força da Ave Maria. Não existe inimigo, por poderoso que se apresente e que não possa ser derrotado por esta humilde prece. Deus, por nenhuma outra oração se deixa comover com tanta intensidade, como a que acontece ao ouvir a Ave Maria. Acaso estão sendo rezadas, suficientes quantidades de Ave Maria para que todos os males atuais possam ser desfeitos? 
  
Neste momento nosso site acusa 305.318.074 Ave Maria, rezadas nestes últimos três anos. Mas o que é isso diante de sete bilhões de pessoas que precisam de conversão? Isso significa que foi rezada uma Ave Maria para cada 23 pessoas, neste tempo. Entenderam a carência de orações? Óbvio que existem mais pessoas no mundo rezando, mas mesmo assim é pouco para entregarmos a Deus em sufrágio por tantos males, tantas ofensas e afrontas como as que cometemos todos os dias, nós, todos os habitantes do planeta. Como poderemos esperar misericórdia? Como achar que isso é suficiente para aplacar a ira divina? Assim não devemos esperar que haja grande diferença nas mortes físicas, embora nossa certeza absoluta quanto aos números espantosos de salvação das almas. 
  
Ainda sobre o assunto das orações, nós podemos prever que haverá um grande abalo no mundo, até que tudo se cumpra, porque assim está escrito. Mesmo assim, quem tem olhos para ver, e tem ouvidos para ouvir, poderá ir percebendo os sucessivos golpes e derrotas que Deus infligirá aos seus inimigos, fazendo uso apenas das orações dos poucos que ainda rezam. Muitos dos planos da fera serão frustrados, porque a oração os acabrunha e inibe sua ação maligna. Muitos castigos serão atenuados, embora que no fim restarão apenas aqueles que Deus assim o decidir, e todos os que continuarem vivos poderão, mais do que nunca experimentar de forma nunca sentida, o poder de Deus. E será, naqueles momentos, que sentiremos como jamais antes, um intenso amor por Aquele que por nós vela, dia e noite, com tanto amor e carinho. 
  
Alguém poderá perguntar o motivo pelo qual Deus nos ama tanto, e por nós zela com tanto carinho. A resposta está no valor infinito de uma alma, de cada alma. Vejam que o Pai diz que cada alma que Ele criou vale mais do que toda a matéria que existe no Universo, porque é única, e, portanto joia rara. Digamos que você tem a pintura de um autor famoso. O valor dela nem sempre está na perfeição da obra, mas no fato de ser única. Uma montanha de ouro do mais fino quilate, Deus a pode fazer em milésimos de segundo, e repeti-la indefinidamente quando assim desejar. Mas a alma humana é irrepetível, tal que nem mesmo Deus a pode fazer exatamente igual, isso porque Ele assim o quis. Ademais, todo o ouro do mundo, um dia terá fim, a alma humana jamais. 
  
Nós falamos em nossos líderes religiosos, que em sua maioria absoluta não reza, se o faz reza pouco, e mesmo pouco não reza bem. A imensa maioria deles se envolve em mil coisas inúteis, esquecendo o principal: Deus! Se esquecendo daquele ÚNICO, que faz! Normalmente, na maioria dos casos, os que galgam postos na hierarquia, em pouco tempo se exaltam acima de todos, e passam a reger com soberba, e não como devia ser, com humildade, com espirito de oração, simplesmente entregando-se totalmente nas mãos da Divina Providência. Quantos exemplos nós temos na história de verdadeiros milagres que aconteceram devido à fé e a oração de personalidades fortes da nossa amada Igreja? Mas quem deles hoje, em 2012, tem esta fé suficiente, esta humildade necessária, para botar seus joelhos no chão, rezar na dificuldade, pedindo a Deus: faça Senhor, porque sou miséria e pó! Qual dos nossos bispos consegue hoje – ou faz isso – colocar toda a sua diocese de joelhos? Mas somente isso salvaria a todos! 
  
Óbvio que o ditado é exato e diz: toda comunidade tem o sacerdote que merece. Toda diocese tem o bispo que merece! Exatamente porque a responsabilidade pela santificação de cada bispo, cada sacerdote, está nas mãos dos paroquianos, que devem manter-se em oração constante, para que seu líder maior seja santo, seja humilde e seja obediente ao Papa, e possa assim cumprir com a sublime missão que Deus lhe confiou: levar todos para o Céu! Não existe outra missão para o sacerdote católico, esta é a única. Não existe outra missão para a Igreja Católica: salvar almas é sua única, sublime e maravilhosa missão. Tudo o mais, que não conduz a este fim maior, deve ser deixado de lado. Melhor, isso deve ser colocado nos acréscimos, naqueles que Deus promete aos que cumprem os primeiros. 
  
E aqui chego ao tema principal deste texto: a perda do paraíso! Já mostrei que seria fácil mudar o mundo através da oração, humilde, constante e feita por todos os filhos e filhas de Deus. Nossa Igreja, através dos seus sacerdotes, com absoluta segurança – posso afirmar – conseguiriam transformar todo o mundo, apenas com o exercício santo de seu apostolado. Não seria preciso que as pessoas fossem santas, bastaria que os padres o fossem, e com toda certeza o mundo cairia de joelhos aos seus pés. E não haveria seitas, não haveria outros credos, não haveria sequer outras religiões e até mesmo os ateus mais convictos acabariam por vergar-se diante da Verdade e do amor, no que haveria uma assombrosa transformação na terra. 
  
Mas como tem sido difícil levar avante esta mensagem de conversão, de formação de grupos de oração, até porque, por um dos mistérios mais inexplicáveis deste tempo, é estarrecedor saber que há mais sacerdotes dispostos a combater e a escarnecer de quem reza, do que a apoiar, pelo menos apoiar os que suplicam, choram e gemem à espera da verdadeira libertação. Não dá para entender isso! Está tudo tão claro nas Escrituras: Deus É! Então sem Ele não somos nada! Também está dito: sem Mim nada podeis fazer! Isso quer dizer que, sozinhos, não fazemos nada. Isso quer dizer que todo sacerdote ou leigo, que tenta fazer as coisas sem Deus na frente, na verdade não faz nada para Deus, e passa a ser ninguém diante Dele, que um dia dirá: não te conheço, servo mau! 
  
Então é preciso, é absolutamente necessário que sempre Deus seja tudo em todos, e que Ele esteja à frente de tudo, porque então tudo será bem feito, e renderá frutos de eternidade. Há sacerdotes e bispos que imaginam que obras da fé são belas construções, templos suntuosos, e até uma caixa paroquial bem fornido. Ora, isso tudo, diante de Deus cabe exatamente dentro daquele terrível veredicto: “te afasta de Mim”. Isso não conta nada para eternidade, não soma em graças e bênçãos, não trás benefício espiritual algum, e ainda irrita Deus. Ou seja: infelizmente os homens resolveram trilhar todos os caminhos que não levam para Deus, não obtém as graças que salvam, nem conseguem mudar o mundo porque quando buscam resolver tudo por suas forças, por sua cabeça, se colocam no lugar do Único que pode fazer tudo. Chegamos a tal estado porque esta civilização atual praticamente abandonou Deus, eis porque Jesus falou: quando o Filho do homem voltar, acaso ainda encontra fé sobre a terra? 
  
Desde Adão até Jesus, Deus nos deu inumeráveis provas de que em seu amor incomensurável e cumprindo coisas muito simples, o povo santo já poderia ter conseguido a transformação do mundo, e então não haveria necessidade da Cruz. Mas que fez o povo? Gritou com fúria: crucifica-O! Jesus nos deu todas as lições necessárias, para a partir Dele e do Evangelho do Amor, tornar fácil completar a redenção, sem dores, sem sofrimentos, sem as cruzes que os homens carregam hoje, por própria culpa. Meu fardo é leve, meu jugo é suave, disse Ele! Leve porque é o próprio Deus quem o carrega, e suave porque nossa parte é mínima, embora tantos o considerem insuportável. Certo é que alguns sofrem muito, e isso porque bilhões não aceitam o sofrimento. E porque poucos rezam, bilhões agora estão preste a serem levados, porque no novo Paraiso não há espaço para mornos, tíbios e fracos. Vejam a dificuldade... 
  
Agora mesmo recebi o Calendário do Movimento, até o mês de outubro, e já antes de colocar no site previ que haveria reações de desânimo. Mas entendam, se Jesus sempre diz que não quer encontrar ninguém parado, se a Mãe sempre diz que devemos continuar nossas atividades como sempre, por qual motivo teríamos que parar, justo agora que estamos chegando na hora da grande batalha final? Acaso o Brasil não programa a copa para 2014? Mas sequer a Olimpíada de Julho na Inglaterra, ninguém garante que não será prejudicada. Acaso a Igreja não programa a Jornada Mundial da Juventude para 2013? Mas certamente o Santo Padre sabe que este evento não acontecerá. Ademais, um cenáculo pode ser feito sem a presença do Cláudio ou qualquer outro, que será sempre substituído. Também as caminhadas não necessitam da presença dele. Então, que mal tem em programar o calendário, se a vida continua? Se deve continuar? 
  
Estas coisas realmente desanimam os mais fracos e eles sentem o tranco. Mas então é preciso voltar à oração, rezar com mais amor e fé, para podermos entender as linhas de Deus. Seu plano nos parece confuso, e nos confunde, mas ainda há pouco eu comentei assim: Dada a nossa infinita fraqueza, nossa miséria absoluta, o Pai não poderia ficar triste com alguém que deixasse de acreditar nas mensagens, se, por exemplo, dia 11 próximo passasse em branco, sem nenhum sinal do asteroide. As pessoas não acreditam em sinais espirituais, e sequer acreditam e sinais físicos se débeis. É preciso então que aconteça algo de muito sério, não que as pessoas desejem o castigo para aqueles que serão atingidos, mas para que isso seja alavanca para mostrar que, se isso aconteceu como profetizado, não somente devemos olhar para os eventos futuros, mas também entendermos que o mundo está nas mãos do filho de satanás, desde 15 de fevereiro passado. Porque certamente haverá muito mais conversões! 
  
Enfim, tem sido difícil explicar a linguagem de Deus, para quem não a quer entender. Para quem deseja ver atos de vulto, coisas espantosas, sinais extraordinários. Poucos conseguem ver como Deus vai escrevendo a história, e como tudo concorre para cumprir o seu plano. Porque uma é a vontade dos filhos das trevas, outra são os limites impostos a eles, pelo Poderoso e Infinito. E a nós, como filhos Dele, confiados Nele, deveremos apenas manter nossos olhos e ouvidos atentos, e poderemos perceber a verdadeira sinfonia que está sendo executada pelo Altíssimo, mesmo em meio à esta orquestra de horrores arquitetada pelo inimigo. Deus não age no terremoto, nem no ciclone, Ele age em meio à brisa. Os efeitos mirabolantes procedem do inimigo, a proteção divina opera no silêncio. Acaso Ele confundirá quem repete 777 milhões de vezes os nomes de Jesus e Maria? 
  
Assim, vamos continuar fazendo tudo aquilo que está em nosso alcance, sempre em oração confiante, e poderemos ir percebendo a mão de Deus agindo, pelo Espírito Santo. Nosso folder acordou milhares de pessoas, milhares, e isso os sacerdotes estão sentindo. Na localidade de um dos nossos valentes, onde o padre era contra o folder no início, dias atrás ele procurou nosso divulgador para dizer: subitamente e sem explicação vieram já 15 evangélicos adultos pedir o batismo em nossa Igreja, e 10 casais que viviam amasiados vieram pedir preparação para o matrimônio. Além disso, ele falou que nunca tinha visto sua Igreja com 1200 pessoas num Domingo. Ele disse que não precisou falar nada, o simples olhar do padre confessou o que lhe ia ao coração. Sim, porque naquela paróquia não existe pastoral específica que trate deste assunto, nem ele mesmo fez qualquer esforço na busca dos separados. 
  
Acreditem, mesmo que nada acontecesse tudo teria valido a pena. Ainda que aos olhos de carne não apareçam os resultados da semeadura, aos olhos divinos uma avalanche de pessoas que antes desconheciam tudo, agora, vendo a proximidade dos tempos, a evidência dos sinais e sentindo o chamado de Deus, procuram a conversão, buscam os sacramentos, e retornam também para o verdadeiro redil. Mesmo os sacerdotes que agora teimam em não ver, um dia eles acabarão por aceitar que tudo se deveu não pelo efeito de seu trabalho, mas pela insistência daqueles “loucos do fim do mundo”. Se fosse possível fazer uma estatística, em muitas cidades, especialmente naquelas onde houve maciça distribuição de Folder, entre o número das confissões – e boas confissões – de antes, e deste ano, creio que nos causaria bela surpresa o resultado. 
  
Embora tudo – e ainda falando sobre os nossos sacerdotes – mais pessoas têm me comentado, que muitos dos nossos padres estão sentindo as coisas, estão calados, quietos, seja por medo dos bispos, seja para evitar confronto com os maus. Mas devagar eles estão mudando suas homilias, com calma estão começando a ler certos livros – sem imprimatur – que falam de coisas que eles nunca aprenderam nos seminários, e percebem que ali aprenderam tudo, menos aquilo que precisavam entender. Nunca aprenderam sobre o poder incrível que receberam de Deus, nunca entenderam o sentido da oração, e jamais se deram conta de que Deus deve estar à frente de tudo. Que pena! 
  
Dito isso, posso terminar este artigo dizendo que o novo Paraiso é destinado a aqueles que buscam agora dar o Céu aos incautos, que procuram acordar os adormecidos, que lutam por alertar à Igreja e aos seus pastores, que não medem esforços para cumprir a vontade de Deus. O Novo Paraiso é dos valentes, os que lutaram para dar o Céu aos dorminhocos. No Céu, sim, eles estarão bem, junto de Deus, mas duvido que não lamentarão pelo seu tempo perdido, sua teimosia, sua cegueira, suas zombarias e escárnios, seu combate contra verdades tão cristalinas. E neste grupo estarão certamente milhares de sacerdotes. 
  
Por incrível que possa parecer, os bons pastores protestantes, mesmo sem o Espírito Santo, compreendem melhor os sinais dos tempos do que nossos padres, simplesmente porque eles vasculham a leem a Bíblia, nossos padres não, em sua absoluta maioria. Afinal, pensando bem, poucos valentes são necessários desde que sejam loucos por Jesus e como Jesus o foi. Sigamos com estes, Deus sabe que são suficientes! Dia 11 de abril chega! O Pai sabe o que faz! Se Ele quiser diminuir o número de soldados do Movimento, basta que nada aconteça. Se Ele quiser mostrar ao mundo uma explosão do seu amor, acontecerá. Confiemos, confiemos, confiemos! 
  
Vamos então conquistar este Paraiso, porque não demora, por uma explosão do Amor de Deus, terão desaparecido daqui todos aqueles que lutam por aquilo que passa, e por aquilo que O afronta. Porém, lembrem: a moeda de entrada na Nova Terra tem o nome de: ALMAS! Então: Salvai Almas!





Fonte: Recados do Aarão

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