domingo, 23 de maio de 2010

O C I C E O ANTICRISTO.


Em prosseguimento a última parte da matéria sobre o anticristo, veremos agora o que está na Doutrina Católica sobre o anticristo, bem como, o pensamento de alguns Santos doutores sobre sua manifestação e sobre quem o seria. Ao final, uma conclusão, para que possamos ter um posicionamento ou uma linha de pensamento próprio sobre tão polêmico assunto.

o Catecismo da Igreja Católica (cap. 675), afirma que: "Antes do advento de Cristo a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra desvendará o "mistério da iniqüidade" sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente aos seus problemas, às custas da apostasia da verdade. A impostura religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, de um pseudo-messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo em lugar de Deus e do seu Messias que veio na carne."
Como não há uma posição direta no Catecismo da Igreja Católica - CIC, sobre quem seria o anticristo, mas, sabe-se que essa provação final, virá, portanto, através de uma falsa religiosidade que será imposta aos homens ("impostura religiosa"), que trará uma solução falsa ("solução aparente"), para os problemas, ou seja, o anticristo aparecerá como alguém bom que fará a proposta de ser o governador do mundo inteiro, e apresentará às pessoas a possibilidade de solucionar os grandes problemas que angustiam a humanidade: fome, habitação, desemprego, saúde, desigualdade, entre os povo etc. Ao solucionar, muitos o seguirão, levando muitos batizados à perda da fé, ou seja a apostasia(citada por Paulo); pois tal religiosidade, ao invés se glorificar à Deus, se glorifica o próprio homem ("o homem se glorifica a si mesmo"). Terá a arrogância de se mostrar como Deus e se assentar no trono, no meio do Templo, no coração da Igreja, para ser adorado como tal. (na postagem sobre os sinais do fim dos tempos, da série Apocalipse, veremos mais sobre esse local onde se assentará o anticristo). Nesse sentido, entende-se que, embora não esteja citado de forma direta pela doutrina católica, há um direcionamento que leva a concluir que se refere a um homem. Mas, possivelmente a forma de vê-lo também como um grupo de homens ou uma era, dar-se por haver toda uma preparação para sua manifestação. Todo um cenário deverá ser criado e preparado para que sua aparição possa ser desapercebida. Essa preparação dar-se-á exatamente nos campos políticos, econômicos e religioso. (saber mais nas próximas postagens, quando saberemos sobre a Nova Era, base para seu levante.)
Segue abaixo, o pensamento de diversos santos canonizados pela Santa Igreja ao longo dos séculos:

"Em todos os sentidos esse impostor procurará assemelhar-se ao Filho de Deus. Cristo é um leão, o anticristo é um leão. Cristo é o rei de todas as coisas celestes e terrestres, o anticristo será o rei da terra."(Santo Hipólito, 235).
"O anticristo reinará de oceano a oceano. Será um filho ilegítimo sob o poder de satanás. Deus permitirá que o demônio tome posse completa dele, desde a sua pecaminosa concepção." (São João Damasceno, 770).
"Reinará por um breve tempo. Não será o próprio satanás, mas um ser humano parecido com um demônio por sua horripilante atrocidade. Apresentar-se-á como Messias enviado por Deus, e os judeus o aceitarão como tal. No entanto, tratará de transformar toda a ordem da terra. Desprezará as leis e os princípios religiosos, para atrair o mundo para si." (Santa Hildegarda, 1179).
"O tempo do anticristo chegará quando a iniqüidade e a impiedade abundarem, quando a injustiça tiver enchido a medida até fazê-la transbordar e quando a maldade tiver chegado à proporções desmedidas." (Santa Brígida, 1373).
São Luiz Maria Montfort anuncia, no século 18, que o demônio suscitaria em breve "perseguições cruéis e terríveis emboscadas aos servidores fiéis e verdadeiros filho de Maria", e que elas "se multiplicarão todos os dias até o reino do Anticristo." (Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, 50-51).
Também em La Salette, na França, no ano de 1846, em aparição oficialmente reconhecida pela Santa Igreja, a própria Virgem Santíssima anuncia: "O Vigário do meu Filho terá muito que sofrer, porque por um tempo a Igreja será entregue a grandes perseguições - será o tempo das trevas. A Igreja terá uma crise medonha. (...) Haverá guerras, até à última, que será feita, então, pelos dez reis aliados do Anticristo, que terão, todos, o mesmo desígnio, e serão os únicos a governar o mundo. (...) Nascerá o Anticristo, de uma religiosa hebraica, de uma falsa virgem, que terá comunicação com a antiga serpente, o mestre da impureza. O seu pai será bispo. Em seu nascimento, vomitará blasfêmias, terá dentes; numa palavra, será uma encarnação do diabo. Soltará gritos medonhos, fará prodígios e só se alimentará de impurezas. (...) Roma perderá a fé e se converterá na sede do Anticristo. Os demônios do ar, junto com o Anticristo, farão grandes prodígios na terra e nos ares, e os homens se irão perverter cada vez mais. Deus cuidará dos Seus fiéis servidores e dos homens de boa vontade."

(por Francisco Dockhorn, 18/04/2006 )


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