quarta-feira, 4 de outubro de 2023

São Francisco de Assis - Memória

 


Francisco de Assis, homem de Deus, deixou sua casa e sua herança e se fez pobre e desvalido. O Senhor, porém, o acolheu com amor.

Francisco nasceu na Itália em 1182 e lá faleceu em 1226. Após ter participado da guerra entre burgueses e nobres, passou por intenso processo de conversão. Pôs-se a serviço dos mais pobres, cuidou de pessoas portadoras de hanseníase e vivia em constante harmonia com a mãe natureza. É patrono da ecologia e dos animais. A exemplo do “Pobrezinho de Assis”, neste dia em que se conclui o Tempo da Criação instituído pelo papa Francisco, proponhamo-nos dedicar total cuidado à criação e aos mais desprotegidos de nossa sociedade.

Primeira Leitura: Neemias 2,1-8

Leitura do livro de Neemias – 1Era o mês de Nisã, no vigésimo ano do rei Artaxerxes. Como o vinho estivesse diante do rei, eu peguei no vinho e ofereci-o ao rei. Como em sua presença eu nunca podia estar triste, 2o rei disse-me: “Por que estás com a fisionomia triste? Não estás doente. Isso só pode ser tristeza do coração”. Fiquei muito apreensivo e disse ao rei: 3“Que o rei viva para sempre! Como o meu rosto poderia não estar triste, quando está em ruínas a cidade onde estão os túmulos de meus pais e suas portas foram consumidas pelo fogo?” 4E o rei disse-me: “O que desejas?” Então, fazendo uma oração ao Deus do céu, 5eu disse ao rei: “Se for do agrado do rei e se o teu servo achar graça diante de ti, deixa-me ir para a Judeia, à cidade onde se encontram os túmulos de meus pais, a fim de que possa reconstruí-la”. 6O rei, junto de quem a rainha se sentara, perguntou-me: “Quanto tempo vai durar a tua viagem e quando estarás de volta?” Eu indiquei-lhe a data do regresso e ele autorizou-me a partir. 7Eu disse ainda ao rei: “Se parecer bem ao rei, sejam-me dadas cartas para os governadores de além do rio, para que me deixem passar, até que chegue à Judeia. 8E também outra carta para Asaf, guarda da floresta do rei, para que me forneça madeira de construção para as portas da cidadela do templo, para as muralhas da cidade e para a casa em que vou morar”. E o rei concedeu-me tudo, pois a bondosa mão de Deus me protegia. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 136(137)

Que se prenda a minha língua ao céu da boca / se de ti, Jerusalém, eu me esquecer!

1. Junto aos rios da Babilônia  nos sentávamos chorando, / com saudades de Sião. / Nos salgueiros por ali / penduramos nossas harpas. – R.

2. Pois foi lá que os opressores / nos pediram nossos cânticos; / nossos guardas exigiam / alegria na tristeza: / “Cantai hoje para nós / algum canto de Sião!” – R.

3. Como havemos de cantar  os cantares do Senhor / numa terra estrangeira? / Se de ti, Jerusalém,  algum dia eu me esquecer, / que resseque a minha mão! – R.

3. Que se cole a minha língua  e se prenda ao céu da boca / se de ti não me lembrar! / Se não for Jerusalém / minha grande alegria! – R.

Evangelho: Lucas 9,57-62

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu tudo considero como perda e como lixo / a fim de ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3,8s) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 57enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. 58Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. 59Jesus disse a outro: “Segue-me”. Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai”. 60Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”. 61Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”. 62Jesus, porém, respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”. – Palavra da salvação.

Reflexão

No Evangelho de hoje, Cristo diz, a todos que O querem seguir, que "as raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça". Os discípulos do Senhor não têm em lugar algum a sua morada definitiva, como lembra a famosa e antiga "Epístola a Diogneto"; habitam este mundo na condição de peregrinos e, embora tendo os pés no chão, conservam seus olhos voltados para o alto, que é onde se encontra a sua verdadeira Pátria.

Colocando essa verdade, porém, à luz do mistério que celebramos em toda Santa Missa, não é verdade que os cristãos não possuam, em absoluto, um lugar no qual reclinar a cabeça. No sacramento da Comunhão, o Senhor quis ficar perpetuamente conosco, dando-nos a graça de repetir a experiência do apóstolo São João, que deitou a cabeça em seu peito e recebeu de sua humanidade santíssima a virtude para amá-lO e segui-lO até o fim de seus dias. Figurada nos pães ázimos do Antigo Testamento, com os quais os israelitas, fugindo da escravidão no Egito, saíram em peregrinação rumo à terra prometida pelo Senhor, a Eucaristia é esse alimento celeste que, de fato, refaz as nossas forças e nos impulsiona a buscar, com coragem e fervor sempre renovados, o Reino que Cristo já conquistou para nós com o seu sangue derramado na Cruz. Peçamos a Ele que nos dê a graça de comungar bem, preparando o nosso coração para o banquete definitivo que acontecerá na Pátria — o único após o qual, contemplando face a face Quem recebemos sob o véu do sacramento, seremos perfeitamente saciados.


https://padrepauloricardo.org

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