domingo, 28 de janeiro de 2024

4º Domingo do Tempo Comum - A autoridade da palavra de Deus.

Marcos 1,21-28 – Domingo 4º del Tiempo Ordinario | Parroquia San Francisco  Solano – Bella Vista

Antífona

Salvai-nos, ó Senhor, ó nosso Deus, e do meio das nações nos congregai, para ao vosso nome agradecer e para termos nossa glória em vos louvar! (Sl 105,47)

Acolhida

Esta liturgia nos convida a ouvir a voz de Deus, a fim de sermos solícitos em corresponder à sua vontade em nosso dia a dia. Aqui nos reunimos com a atitude de quem se dispõe a acolher o ensinamento novo de Jesus e aprender com ele em que consiste o agir libertador. Celebremos o nome santo do Senhor, que vai nos alimentar com a Eucaristia e fortalecer nosso compromisso com seu Reino.

Primeira Leitura: Deuteronômio 18,15-20

Abramos o coração para acolher a Palavra de Deus. Ela comunica os preceitos do Senhor e conduz os que se dispõem a permanecer junto a ele na missão de libertar o ser humano do mal.

Leitura do livro do Deuteronômio – Moisés falou ao povo, dizendo: 15“O Senhor teu Deus fará surgir para ti, da tua nação e do meio de teus irmãos, um profeta como eu: a ele deverás escutar. 16Foi exatamente o que pediste ao Senhor teu Deus, no monte Horeb, quando todo o povo estava reunido, dizendo: ‘Não quero mais escutar a voz do Senhor meu Deus nem ver este grande fogo, para não acabar morrendo’. 17Então o Senhor me disse: ‘Está bem o que disseram. 18Farei surgir para eles, do meio de seus irmãos, um profeta semelhante a ti. Porei em sua boca as minhas palavras e ele lhes comunicará tudo o que eu lhe mandar. 19Eu mesmo pedirei contas a quem não escutar as minhas palavras que ele pronunciar em meu nome. 20Mas o profeta que tiver a ousadia de dizer em meu nome alguma coisa que não lhe mandei ou se falar em nome de outros deuses, esse profeta deverá morrer'”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 94(95)

Não fecheis o coração, ouvi hoje a voz de Deus!

1. Vinde, exultemos de alegria no Senhor, / aclamemos o rochedo que nos salva! / Ao seu encontro caminhemos com louvores, / e com cantos de alegria o celebremos! – R.

2. Vinde, adoremos e prostremo-nos por terra, / e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! / Porque ele é o nosso Deus, nosso pastor, e nós somos o seu povo e seu rebanho, / as ovelhas que conduz com sua mão. – R.

3. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: “Não fecheis os corações como em Meriba, / como em Massa, no deserto, aquele dia, / em que outrora vossos pais me provocaram, / apesar de terem visto as minhas obras”. – R.

Segunda Leitura: 1 Coríntios 7,32-35

Leitura da primeira carta de São Paulo aos Coríntios – Irmãos, 32eu gostaria que estivésseis livres de preocupações. O homem não casado é solícito pelas coisas do Senhor e procura agradar ao Senhor. 33O casado preocupa-se com as coisas do mundo e procura agradar à sua mulher, 34e, assim, está dividido. Do mesmo modo, a mulher não casada e a jovem solteira têm zelo pelas coisas do Senhor e procuram ser santas de corpo e espírito. Mas a que se casou preocupa-se com as coisas do mundo e procura agradar ao seu marido. 35Digo isso para o vosso próprio bem, e não para vos armar um laço. O que eu desejo é levar-vos ao que é melhor, permanecendo junto ao Senhor, sem outras preocupações. – Palavra do Senhor.

Evangelho: Marcos 1,21-28

Aleluia, aleluia, aleluia.

O povo que jazia nas trevas viu brilhar uma luz grandiosa; / a luz despontou para aqueles que jaziam nas sombras da morte (Mc 4,16). – R.

Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – 21Na cidade de Cafarnaum, num dia de sábado, Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. 22Todos ficavam admirados com o seu ensinamento, pois ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da Lei. 23Estava então na sinagoga um homem possuído por um espírito mau. Ele gritou: 24″Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus”. 25Jesus o intimou: “Cala-te e sai dele!” 26Então o espírito mau sacudiu o homem com violência, deu um grande grito e saiu. 27E todos ficaram muito espantados e perguntavam uns aos outros: “O que é isso? Um ensinamento novo, dado com autoridade: ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” 28E a fama de Jesus logo se espalhou por toda parte, em toda a região da Galileia. – Palavra da salvação.

Reflexão
No Evangelho que a Igreja hoje proclama, Jesus dá início ao seu ministério em Cafarnaum. Ele começa a pregar a sua palavra, palavra que se manifesta, desde o primeiro momento, como libertação eficaz das garras do demônio. O povo, admirado da doutrina do Senhor, espanta-se ainda mais com a autoridade que Ele imprime ao próprio discurso: “Que é isso?”, perguntam-se uns aos outros. “Ele manda até nos espíritos maus, e eles obedecem!” Trata-se de um “ensinamento novo dado com autoridade” — isto é, com ἐξουσία —, que impele e convence, não por estar baseado em estratégias retóricas ou de propaganda, mas por ser real, verdadeiro, apegado ao ser mesmo das coisas. A palavra com que Jesus inicia sua pregação é eficaz, como o foram também aquelas primeiras palavras com que Deus trouxe o mundo à existência: “Deus disse: ‘Faça-se a luz!” E a luz foi feita” (Gn 1, 3). O que Cristo pronuncia tem, pois, consistência em si mesmo, tem o poder de produzir aquilo mesmo que expressa e significa. O Senhor não mente e, quando lhe damos ouvido, dissipa as mentiras com que o demônio nos engana, seduz e afasta da realidade. Se hoje, entregues à graça divina, escutarmos o que Ele nos tem a dizer, por meio da doutrina que a sua Igreja guarda e difunde há dois mil anos, veremos como nos caem as escamas dos olhos, como nossa vida toma o rumo certo, como se realizam nossas aspirações mais profundas e nobres — nosso desejo de uma verdade que só se encontra no Evangelho e de uma felicidade, eterna e abundante, que só se encontra no Coração daquele cuja fama começa hoje a espalhar-se por toda a região da Galileia.


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