terça-feira, 23 de janeiro de 2024

3ª Semana do Tempo Comum - A aliança de amor entre Maria e José.

 Paróquia Santo Antônio - 27 MAR 2020 COR LITÚRGICA: ROXO 4ª Semana da  Quaresma - Sexta-feira Evangelho (Jo 7,1-2.10.25-30) — O Senhor esteja  convosco. — Ele está no meio de nós. —

Antífona

Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, terra inteira. Glória e esplendor, em sua presença, santidade e beleza no seu santuário (Sl 95,1.6).

O verdadeiro líder político ou religioso reúne pessoas em torno de um projeto promotor de vida. Se ele quer agradar a Deus, basta colocar os Mandamentos divinos – dos quais a arca da Aliança é um símbolo – no centro de sua administração. Então o povo encontrará motivos para fazer festa.

Primeira Leitura: 2 Samuel 6,12-15.17-19

O louvor a Deus, liderado por Davi, exprime-se também na partilha do pão e da alegria. A nova família de Jesus é composta pelos que ouvem sua Palavra e fazem “a vontade de Deus”. Estes são seus íntimos.

Leitura do segundo livro de Samuel – Naqueles dias, 12Davi pôs-se a caminho e transportou festivamente a arca de Deus da casa de Obed-Edom para a cidade de Davi. 13A cada seis passos que davam, os que transportavam a arca do Senhor sacrificavam um boi e um carneiro. 14Davi, cingido apenas com um éfode de linho, dançava com todas as suas forças diante do Senhor. 15Davi e toda a casa de Israel conduziram a arca do Senhor, soltando gritos de júbilo e tocando trombetas. 17Introduziram a arca do Senhor e depuseram-na em seu lugar, no centro da tenda que Davi tinha armado para ela. Em seguida, ele ofereceu holocaustos e sacrifícios pacíficos na presença do Senhor. 18Assim que terminou de oferecer os holocaustos e os sacrifícios pacíficos, Davi abençoou o povo em nome do Senhor todo-poderoso. 19E distribuiu a toda a multidão de Israel, a cada um dos homens e das mulheres, um pão de forno, um bolo de tâmaras e uma torta de uvas. Depois todo o povo foi para casa. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: 23(24)

Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?” / “É o Senhor, o valoroso, o grandioso!”

1. “Ó portas, levantai vossos frontões! † Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, / a fim de que o rei da glória possa entrar!” – R.

2. Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?” † “É o Senhor, o valoroso, o onipotente, / o Senhor, o poderoso nas batalhas!” – R.

3. “Ó portas, levantai vossos frontões! † Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, / a fim de que o rei da glória possa entrar!” – R.

4. Dizei-nos: “Quem é este rei da glória?” † “O rei da glória é o Senhor onipotente, / o rei da glória é o Senhor Deus do universo!” – R.

Evangelho: Marcos 3,31-35

Aleluia, aleluia, aleluia.

Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, / pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, / escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) – R.

Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo, 31chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. 33Ele respondeu: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” 34E, olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. – Palavra da salvação.

Reflexão

Neste dia 23 de janeiro, celebramos a memória devocional dos esponsais de Nossa Senhora com São José. Maria, desde a sua tenra infância, quis se dedicar e se consagrar a Deus completamente, desejando dirigir seu amor somente a Ele.

Entretanto, na sociedade da sua época, isso não era possível, pois esperava-se que ela se casasse. No povo de Israel, não havia a virgindade consagrada, instituição que, na prática, foi inventada pelo cristianismo, já que o próprio Cristo foi casto e virgem. Pois bem, foi tudo preparado para o casamento. Nossa Senhora obedeceu, aquiesceu e se casou.

Aqui, é interessante ressaltar que Maria não teve um casamento inválido. Embora ela tivesse um desejo de virgindade e tenha se casado por obediência, Nossa Senhora não foi obrigada, pois a obediência é um ato livre, e ela espontaneamente quis se casar com José.

Todavia, ao confidenciar o seu desejo de virgindade ao seu esposo, ele a surpreendeu dizendo que era isso que ele sempre quis também. Então os dois, uma vez casados, fizeram um voto de castidade, conhecido na tradição da Igreja como o “casamento josefino”; ou seja, um matrimônio no qual o casal se casa validamente, porém, faz um voto de castidade.

É nesse sentido que a Igreja interpreta aquele diálogo da Virgem Maria com o Anjo, em que ela disse: “Mas como isso é possível, se eu não conheço homem?”. É exatamente essa frase que explica esse tipo de casamento da Virgem Maria. “Eu não conheço homem” significa: “Eu já estou casada com José, mas fiz com ele um voto de virgindade”. Não houve ainda a co-habitação, não houve ainda a convivência entre os dois, no entanto, já existe o voto de virgindade.

Vendo isso, percebemos como o amor entre o esposo e a esposa não se reduz à sexualidade. Claro, o sexo é algo importante, pois é por meio dele que há a procriação, geração da vida; e é também uma missão, pois cada filho é uma alma que precisamos conduzir ao Céu. O casamento entre Maria e José é, portanto, um “farol” para a vida de tantos casais que, por alguma razão de saúde ou por alguma circunstância, não podem realizar o ato sexual.

Que os casais aprendam então, com essas palavras, a viver o amor conjugal de forma casta e santa, tomando como exemplo Maria e José, que juntos viveram a mais perfeita virgindade.

 

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