sábado, 10 de março de 2018

Liturgia Diária - A oração que agrada a Deus

 Resultado de imagem para Lucas 18,9-14
1a Leitura - Oséias 6,1-6
Leitura da profecia de Oséias.
6 1 “Vinde, voltemos ao Senhor, ele feriu-nos, ele nos curará; ele causou a ferida, ele a pensará.
2 Dar-nos-á de novo a vida em dois dias; ao terceiro dia levantar-nos-á, e viveremos em sua presença.
3 Apliquemo-nos a conhecer o Senhor; sua vinda é certa como a da aurora; ele virá a nós como a chuva, como a chuva da primavera que irriga a terra”.
4 Que te farei, Efraim? Que te farei, Judá? Vosso amor é como a nuvem da manhã, como o orvalho que logo se dissipa.
5 Por isso é que os castiguei pelos profetas, e os matei pelas palavras de minha boca, e meu juízo resplandece como o relâmpago,
6 porque eu quero o amor mais que os sacrifícios, e o conhecimento de Deus mais que os holocaustos.
Palavra do Senhor.

Salmo - 50/51
Eu quis misericórdia e não o sacrifício!
Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia!
Na imensidão de vosso amor, purificai-me!
Lavai-me todo inteiro do pecado
e apagai completamente a minha culpa!

Pois não são de vosso agrado os sacrifícios,
e, se oferto um holocausto, o rejeitais.
Meu sacrifício é minha lama penitente,
não desprezeis um coração arrependido!

Sede benigno com Sião, por vossa graça,
reconstruí Jerusalém e os seus muros!
E aceitareis o verdadeiro sacrifício,
os holocaustos e oblações em vosso altar!

Evangelho - Lucas 18,9-14
Honra, glória poder e louvor a Jesus, nosso Deus e Senhor!
Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, 18 9 Jesus lhes disse ainda esta parábola a respeito de alguns que se vangloriavam como se fossem justos, e desprezavam os outros:
10 “Subiram dois homens ao templo para orar. Um era fariseu; o outro, publicano.
11 O fariseu, em pé, orava no seu interior desta forma: ‘Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens: ladrões, injustos e adúlteros; nem como o publicano que está ali.
12 Jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus lucros’.
13 O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ‘Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’
14 Digo-vos: este voltou para casa justificado, e não o outro. Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.
Palavra da Salvação.
 
Aos olhos de Deus, o ato de subir ao templo não é o que é importante, mas com qual sentimento nós nos dirigimos ao templo para adorá-Lo. Nesta parábola, além do conteúdo da oração, nós notamos que há um pequeno detalhe na postura do fariseu e do publicano que se apresentaram diante do altar do templo do Senhor. O fariseu, de pé, não abriu a boca, mas pensou no íntimo do seu coração; o cobrador de impostos, porém, à distância, não se achando digno   nem mesmo de olhar para o Senhor, clamou por misericórdia e se expôs falando: "Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!" O fariseu, então, apontando para o cobrador de impostos e o desprezando, se justificou elogiando a si próprio, entendendo que todas as suas "boas obras" eram méritos seus.  A sua oração de autopromoção não agradou a Deus.  O publicano deu o exemplo de humildade reconhecendo o seu pecado, não se justificou e pediu perdão a Deus. Por isso a sua oração agradou a Deus e ele voltou para casa justificado. Jesus conta essa parábola para nos dar a noção exata de uma pessoa humilde. Humilde é o homem ou a mulher que reconhecem a sua limitação e a medida da sua capacidade e têm consciência de que são dependentes das graças de Deus. A ideia de humildade é muito deturpada pela mentalidade do mundo. Alguns acham que ser humilde é se rebaixar, se deixar pisar, ficar calado (a) diante das injustiças e deixar-se ser explorado, etc...   A oração da auto louvação, isto é, do admirar a nós mesmos (as) pelas coisas boas que fazemos ou das coisas ruins que não fazemos é uma oração que não agrada a Deus. Deus quer de nós uma oração que parta do coração arrependido, humilhado, penitente, dependente do amor de Jesus para ser salvo. Jesus é quem nos justifica perante o Pai.  Nós mesmos (as), nunca poderemos nos justificar por nossos próprios méritos, pois assim não precisaríamos de justificação, mas receberíamos a nossa própria justiça.   Deus sonda os nossos corações e conhece as nossas intenções por isso, a oração que fizermos mesmo no silêncio será ouvida e agradável ou não aos Seus ouvidos.   O nosso espírito contrito, humilhado por causa das nossas transgressões e o reconhecimento da nossa miséria é que nos farão alcançar a misericórdia de Deus.   Mesmo que não digamos nada, o Senhor conhece tudo. Portanto, não nos adiantará fugir ou camuflar.  A verdade brilha como o sol do meio dia: "quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado". - Você reconhece a medida da sua capacidade e da sua incapacidade? - Você tem voltado para a casa justificado (a), ou não? - Como tem sido feito o exame da sua consciência diante do Senhor? -Você costuma se auto elogiar?
 
 
 
 
Helena Serpa 

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