terça-feira, 28 de novembro de 2023

34ª Semana do Tempo Comum - O que são os sinais dos tempos?

 Paróquia São Judas Tadeu - Evangelho (Lc 21,5-11) — O Senhor esteja  convosco. — Ele está no meio de nós. — Proclamação do Evangelho de Jesus  Cristo + segundo Lucas. — Glória

O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos os que se voltam para ele (Sl 84,9).

A opressão dos poderosos não vigora para sempre; sua duração limitada enche de esperança e reforça a fidelidade dos que creem em Deus. Em tempos difíceis, invoquemos o Senhor com maior insistência e fé mais profunda, para que ele nos preserve de todo engano.

Primeira Leitura: Daniel 2,31-45

Leitura da profecia de Daniel – Naqueles dias, disse Daniel a Nabucodonosor: 31“Tu, ó rei, olhavas, e pareceu-te ver uma estátua grande, muito alta, erguida à tua frente, de aspecto aterrador. 32A cabeça da estátua era de ouro fino, peito e braços eram de prata, ventre e coxas, de bronze; 33sendo as pernas de ferro, e os pés, parte de ferro e parte de barro. 34Estavas olhando quando uma pedra, sem ser empurrada por ninguém, se desprendeu de algum lugar e veio bater na estátua, em seus pés de ferro e barro, fazendo-os em pedaços; 35então, a um só tempo, despedaçaram-se ferro, barro, bronze, prata e ouro, tudo ficando como a palha miúda das eiras, no verão, que o vento varre sem deixar vestígios; mas a pedra que atingira a estátua transformou-se num grande monte e encheu toda a terra. 36Este foi o sonho; vou dar também a interpretação, ó rei, em tua presença. 37Tu és um grande rei, e o Deus do céu te deu a realeza, o poder, a autoridade e a glória; 38ele entregou em tuas mãos os filhos dos homens, os animais do campo e as aves do céu, onde quer que habitem, e te constituiu senhor de todos eles: tu és a cabeça de ouro. 39Depois de ti, surgirá outro reino, que é inferior ao teu, e ainda um terceiro, que será de bronze e dominará toda a terra. 40O quarto reino será forte como ferro; e, assim como o ferro tudo esmaga e domina, do mesmo modo, à semelhança do ferro, ele esmagará e destruirá todos aqueles reinos. 41Viste os pés e dedos dos pés, parte de barro e parte de ferro, porque o reino será dividido; terá a força do ferro, conforme viste o ferro misturado com barro cozido. 42Viste também que os dedos dos pés eram parte de ferro e parte de barro, porque o reino em parte será sólido e em parte quebradiço. 43Quanto ao ferro misturado com barro cozido, haverá decerto ligações por via de casamentos, mas sem coesão entre as partes, assim como o ferro não faz liga com o barro. 44No tempo desses reinos, o Deus do céu suscitará um reino que nunca será destruído, um reino que não passará a outro povo; antes, esmagará e aniquilará todos esses reinos, e ele permanecerá para sempre. 45Quanto à pedra que, sem ser tocada por mãos, se desprendeu do monte e despedaçou o barro cozido, o ferro, o bronze, a prata e o ouro, o grande Deus faz saber ao rei o que acontecerá depois, no futuro. O sonho é verdadeiro, e sua interpretação, fiel”. – Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial: Dn 3

Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim!

1. Obras do Senhor, bendizei o Senhor! / Louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim! / Céus do Senhor, bendizei o Senhor! / Anjos do Senhor, bendizei o Senhor! – R.

2. Águas do alto céu, bendizei o Senhor! / Potências do Senhor, bendizei o Senhor! – R.

Evangelho: Lucas 21,5-11

Aleluia, aleluia, aleluia.

Permanece fiel até a morte, / e a coroa da vida eu te darei! (Ap 2,10) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 5algumas pessoas comentavam a respeito do templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram: “Mestre, quando acontecerá isso? E qual vai ser o sinal de que essas coisas estão para acontecer?” 8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está próximo’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim”. 10E Jesus continuou: “Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu”. – Palavra da salvação.

Reflexão
 
O Evangelho de hoje, que se insere na última semana do ano litúrgico, fala-nos dos sinais dos tempos, isto é, daqueles indícios que apontam para a proximidade do Juízo, quando os filhos de Deus enfim nascerão para a glória da ressurreição. Entre tais sinais ou indícios, diz-nos Jesus, estão as guerras e revoluções, além de catástrofes naturais e grandes carestias. Nada disso, porém, constitui por si só o fim da história, mas um prenúncio e preparação para o dia em que nasceremos para os novos céus e a nova terra. Estes sinais, portanto, têm uma dupla dimensão: a) em si mesmos, põem em evidência a caducidade das coisas terrenas, que se desfazem como trapos de roupa velha roídos pelas traças, e a vaidade das ambições humanas, que, num esforço desesperado por criar no mundo um paraíso que só pode haver no céu, criam ainda piores sofrimentos; b) do ponto de vista histórico, significam as dores por que tem de atravessar a Igreja até passar, à semelhança de Cristo, por sua páscoa derradeira, quando o Senhor e o Coração Imaculado de sua Mãe finalmente hão de triunfar. Por isso, a contemplação das misérias deste mundo nos devem inspirar duas atitudes: a) primeiro, de desapego de tudo o que diz respeito a este mundo (riquezas, afetos, prazeres, amizades, projetos etc.), cuja figura passa, além de um profundo desejo dos bens futuros, os únicos que permanecem; b) por fim, de esperança sempre viva pelo retorno de Nosso Senhor, que parece estar tanto mais próximo quanto mais sombrio é o panorama que nos oferece o tempo presente. Com os olhos postos na eternidade, aproveitemos estes dias finais do ano litúrgico para rezar com especial devoção o hino Dies irae e pedir, em nossa oração diária, a vinda gloriosa de Jesus Cristo: Maranathá!
 

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