quinta-feira, 13 de maio de 2021

Liturgia Diária - “Já não me vereis”.

 O verdadeiro discípulo é aquele que se identifica com Cristo – 27/02/2019 >  Nossa Senhora de Fátima

Leitura (Atos 18,1-8)

Leitura dos Atos dos Apóstolos.

18 1 Depois disso, saindo de Atenas, Paulo dirigiu-se a Corinto.
2 Encontrou ali um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, e sua mulher Priscila. Eles pouco antes haviam chegado da Itália, por Cláudio ter decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Paulo uniu-se a eles.
3 Como exercessem o mesmo ofício, morava e trabalhava com eles. (Eram fabricantes de tendas.)
4 Todos os sábados ele falava na sinagoga e procurava convencer os judeus e os gregos.
5 Quando Silas e Timóteo chegaram da Macedônia, Paulo dedicou-se inteiramente à pregação da palavra, dando aos judeus testemunho de que Jesus era o Messias.
6 Mas como esses contradissessem e o injuriassem, ele, sacudindo as vestes, disse-lhes: “O vosso sangue caia sobre a vossa cabeça! Tenho as mãos inocentes. Desde agora vou para o meio dos gentios”.
7 Saindo dali, entrou em casa de um prosélito, chamado Tício Justo, cuja casa era contígua à sinagoga.
8 Entretanto Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com todos os da sua casa. Sabendo disso, muitos dos coríntios, ouvintes de Paulo, acreditaram e foram batizados.

Palavra do Senhor.

Salmo Responsorial 97/98

O Senhor fez conhecer seu poder salvador
perante as nações.


Cantai ao Senhor Deus um canto novo,
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo
alcançaram-lhe a vitória.

O Senhor fez conhecer a salvação
e, às nações, sua justiça;
recordou o seu amor sempre fiel
pela casa de Israel.

Os confins do universo contemplaram
a salvação do nosso Deus.
Aclamai o Senhor Deus, ó terá inteira,
alegrai-vos e exultai!

Evangelho (João 16,16-20)

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu não vos deixarei órfãos: eu irei, mas voltarei, e o vosso coração muito há de se alegrar (Jo 14,18).

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

16 16 Jesus disse: “Ainda um pouco de tempo, e já me não vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver, porque vou para junto do Pai”.
17 Nisso alguns dos seus discípulos perguntavam uns aos outros: “Que é isso que ele nos diz: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver?’ E que significa também: ‘Eu vou para o Pai?’”
18 Diziam então: “Que significa este pouco de tempo de que fala? Não sabemos o que ele quer dizer”.
19 Jesus notou que lho queriam perguntar e disse-lhes: “Perguntais uns aos outros acerca do que eu disse: ‘Ainda um pouco de tempo, e não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver’.
20 Em verdade, em verdade vos digo: haveis de lamentar e chorar, mas o mundo se há de alegrar. E haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza se há de transformar em alegria”.

Palavra da Salvação.

 Reflexão

São enigmáticas as palavras com que Nosso Senhor principia o Evangelho de hoje: "Ainda um pouco de tempo, e já não me vereis; e depois mais um pouco de tempo, e me tornareis a ver"; tão enigmáticas, que até os Apóstolos começaram a perguntar-se o que Jesus lhes estava dizendo. Sem poder encontrar resposta, tiveram de confessar: "Não entendemos o que Ele quer dizer". Mas se lermos este trecho à luz do mistério da Ascensão, as coisas talvez se tornem um pouco mais claras: "Vou para junto do Pai".

Nós, com efeito, vivemos sem ter Jesus sob os olhos, tal como O tiveram os discípulos. Ele voltou para o Pai e, embora permaneça sempre conosco, não se dá a conhecer de forma visível. Vemo-lO, no entanto, na obscuridade da fé. Os Apóstolos O tinham ao lado; nós O temos no coração. Os Doze tiveram a graça de O tocar; nós, de por Ele sermos tocados na Eucaristia. Nesse sentido, podemos dizer que somos mais ricos e afortunados do que os Apóstolos. Felizes somos nós, que cremos sem nunca termos visto (cf. Jo 20, 21)! Por isso, Jesus nos garante: ainda que não tenhamos a dita de O contemplar por ora face a face, o mérito da nossa fé transformará esta tristeza da obscuridade na alegria da visão beatífica: "A vossa tristeza se há de transformar em alegria".

Trabalhemos, portanto, o nosso coração na fé. Apercebamo-nos de que o Senhor, de modos quase sempre delicados e imperceptíveis, põe-se sempre ao nosso lado e assiste-nos com a sua graça: "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 20). Tenhamos, pois, esta certeza fiel de que, com ajuda de Deus, poderemos um dia ver cara a cara Aquele que, pela fé, cremos estar sempre e intimamente unido a nós: "A vossa tristeza se há de transformar em alegria"!

 

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