domingo, 6 de março de 2011

LITURGIA DIÁRIA - ONDE CONSTRUIR A SUA CASA.


IX Domingo Comum – nem todo aquele que diz: Senhor, Senhor...
A liturgia do IX Domingo Comum é um convite para construir a vida sobre o alicerce firme da Palavra de Deus.

Quando a Palavra de Deus está no centro da vida e dá forma aos pensamentos, sentimentos e ações, o homem caminha, com segurança, ao encontro da realização plena, da vida definitiva.

No Evangelho Mateus convida a sua comunidade - e as comunidades cristãs de todos os tempos e lugares - a enraizar a sua vida na Palavra de Jesus e a traduzir essa adesão em ações concretas. Para ser cristão, não basta dizer palavras bonitas de adesão ao Senhor; mas é necessário esforçar-se por cumprir, a cada instante, a vontade de Deus e viver de acordo com os valores propostos por Jesus nas bem-aventuranças.

A primeira leitura, na mesma linha, convida os crentes a deixarem que a Palavra de Deus envolva e penetre toda a sua vida, marque os seus pensamentos, sentimentos e ações. Garante-nos que construir a vida à volta da Palavra de Deus é assegurar a felicidade e a vida definitiva.

A segunda leitura não se refere tão diretamente ao tema do domingo (a Palavra de Deus); mas garante-nos que a salvação resulta do dom gratuito de Deus, tornado presente em Cristo, a Palavra viva de Deus, que veio ao encontro dos homens para os subtrair ao caminho da escravidão, do pecado e da morte.

Primeira Leitura - Livro do Deuteronômio (Deuteronômio 11, 18.26-28.32)

Moisés falou ao povo dizendo:
18 Gravai, pois, profundamente em vosso coração e em vossa alma estas minhas palavras; prenderas às vossas mãos como um sinal, e levaras como uma faixa frontal entre os vossos olhos. 19 Ensinai-as aos vossos filhos, falando-lhes delas seja em vossa casa, seja em viagem, quando vos deitardes ou levantardes. 20 Escreve-as nas ombreiras e nas portas de tua casa, 21 para que se multipliquem os teus dias e os dias de teus filhos na terra que o Senhor jurou dar a teus pais, e sejam tão numerosos como os dias do céu sobre a terra. 22 Se observardes fielmente todos os mandamentos que vos prescrevo, amando o Senhor, vosso Deus, andando em seus caminhos e apegando-vos a ele, 23 então o Senhor expulsará de diante de vós todas essas nações, e despojareis povos mais numerosos e mais fortes do que vós. 24 Todo lugar em que pisar a planta de vossos pés vos pertencerá. Vossa fronteiras irão desde o deserto até o Líbano e desde o rio Eufrates até o mar do ocidente. 25 Ninguém vos poderá resistir: o Senhor, vosso Deus, semeará o pânico e o terror de vós em todas as terras onde pisardes, como vos prometeu. 26 Vede: proponho-vos hoje bênção ou maldição. 27 Bênção, se obedecerdes aos mandamentos do Senhor, vosso Deus, que hoje vos prescrevo. 28 Maldição, se não obedecerdes aos mandamentos do Senhor, vosso Deus, e vos apartardes do caminho que hoje vos mostro, para seguintes deuses estranhos que não conheceis. 32 cuidareis de praticar todos os preceitos e todas as leis que hoje vos proponho.
Palavra do Senhor.


Salmo Responsorial - Salmo 30

Senhor, eu ponho em vós a confiança: sede uma rocha protetora para mim!

Senhor , eu ponho em vós minha esperança;
que eu não fique envergonhado eternamente!
Porque sois justo, defendei-me e libertai-me;
apressai-vós, ó Senhor em socorrer-me!

Senhor, eu ponho em vós a confiança: sede uma rocha protetora para mim.

Sede uma rocha protetora para mim,
um abrigo bem seguro que me salve!
Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza;
por vossa honra, orientai-me e conduzi-me!

Senhor, eu ponho em vós a confiança: sede uma rocha protetora para mim!

Mostrai serena a vossa face ao vosso servo,
e salvai-me pela vossa compaixão!
Fortalecei os corações, tende coragem,
todos vós que ao senhor vos confiais.

Senhor, eu ponho em vós a confiança: sede uma rocha protetora para mim!


Segunda Leitura - Carta de Paulo aos Romanos (Romanos 3, 21-25a.28 )

Irmãos, 21 agora, sem o concurso da lei, manifestou-se a justiça de Deus, atestada pela lei e pelos profetas. 22Esta é a a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos os fiéis (pois não há distinção; 23com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus), 24e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo. 25Deus o destinou para ser, pelo seu sangue, vítima de propiciação mediante a fé. Assim, ele manifesta a sua justiça; porque no tempo de sua paciência, ele havia deixado sem castigo os pecados anteriores. 28Porque julgamos que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da lei.
Palavra do Senhor.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (Mateus 7, 21-27)

Naquele tempo,disse Jesus aos seus discípulos : 21Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? 23E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus! 24Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as põe em prática é semelhante a um homem prudente, que edificou sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela, porém, não caiu, porque estava edificada na rocha. 26Mas aquele que ouve as minhas palavras e não as põe em prática é semelhante a um homem insensato, que construiu sua casa na areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela casa; ela caiu e grande foi a sua ruína.
Palavra da Salvação.


Homilia - Pe Bantu

Meu irmão e minha irmã, você já imaginou se depois de tudo o que fazemos nesta terra, pensando em receber uma recompensa no céu ouvir de Jesus esta palavra: “Nunca vos conheci; afastai- vos de mim, vós que cometeis a iniquidade!” Você pode imaginar como é possível alguém que pregou em nome de Jesus ouvir do próprio Jesus: “Nunca vos conheci; afastai- vos de mim, vós que cometeis a iniquidade!” Como é possível que não O tenha conhecido? Como é possível alguém que expulsou demônios em nome de Jesus receber d’Ele mesmo esse tratamento?!

O merecimento ou não destas palavras se explica pelo que foi dito antes: “Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no Reino dos Céus, mas sim, aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos e em teu nome que expulsamos demônios e em teu nome que fizemos muitos milagres?‘ Portanto, o ‘Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” se torna consequência dos nos nossos atos.

Lembro-lhe: para que a oração, seja autêntica, deve ir acompanhada pela luta contínua por cumprir a Vontade divina. Do mesmo modo, para cumprir essa vontade não basta falar das coisas de Deus, mas é necessário que haja coerência entre o que se pede – o que se diz – e o que se faz: “O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em realidades” (1 Cor 4, 20); “Sede cumpridores da palavra e não apenas ouvintes, enganando-vos a vós próprios” (Tg 1, 22).

Como cristãos fiéis ao Evangelho, e graças à sua força, unidos a quantos amamos e promovem a justiça, temos por realizar aqui na terra uma obra imensa, da qual prestaremos contas Àquele que a todos julgará no último dia. Porque para entrar no Reino dos Céus, para ser santo, não basta, pois, falar de modo eloquente da santidade. É necessário colocar em prática o que se diz e dar os frutos de acordo com as palavras. Aproxima-se a quaresma e muitos de nós pensamos que para vivermos bem este tempo e consequentemente sermos bons cristãos basta somente rezar e jejuar e ouvir Missa. Eu julgo que não. Acredito que seja sim viver a fidelidade a Deus, como a outro Jó e outro Abraão, no tempo da tribulação.

Precisamos excluir da nossa vida o viver externo da lei mosaica, e não as boas obras, fruto da fé em Cristo. Trata-se da alicerçada e operada pela caridade’ (Gl 5, 6), isto é, a fé que não é apenas adesão da inteligência a Cristo, mas adesão do homem todo: inteligência e vontade, pensamentos e obras. Justamente isto ensina Jesus, quando declara: ‘Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos céus, mas quem faz a vontade de meu Pai que está nos céus’. Deve a fé penetrar a vida toda e levar o homem não apenas ao simples reconhecimento abstrato da existência de Deus, mas ao reconhecimento prático: a submissão da própria vontade à de Deus, à conduta regulada conforme os divinos mandamentos. Portanto, quem reduz a profissão da fé à oração, ao apostolado, ou apenas ao exercício do ministério sagrado – ‘profetizamos em vosso nome e em vosso nome expulsamos demônios…‘ – mas não a estendem a todos os setores da vida pessoal, mediante o cumprimento da vontade de Deus, ouvirão de Jesus um dia: ‘Nunca vos conheci’”.

Para não ouvirmos do Senhor essa palavra dura, é preciso levar muito a sério as palavras que se seguem: Assim, todo o que ouve estas minhas palavras e as põe em prática pode ser comparado a um homem sensato, que construiu a sua casa sobre rocha.

E continuando o Senhor continua: Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos; precipitaram-se contra esta casa, e ela não desabou, pois seus fundamentos assentavam-se na rocha.

Em que lugar você construiu a sua casa? Existem duas possibilidades: construí-la sobre a rocha ou sobre a área. Quem constrói a casa sobre a areia é aquele que não ouve a Palavra? Não. Ouve a Palavra, mas não a põe em prática. Talvez até a saiba de cor e a tenha na ponta da língua. Pena é que não a põe em prática. Esse homem é aquele que construiu a casa sobre a areia: Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos; vieram dar contra esta casa e ela desabou, e sua ruína foi total. Portanto, cuida-se para que a sua casa não caia. Procure edificar a sua casa sobre Jesus e a sua casa nunca cairá. Venha o que vier e de onde vier ela estará segura para sempre.

Pai, não permitas que eu professe minha fé no Senhor Jesus apenas com palavras. Seja minha vida uma expressão consumada da minha fé.

blog.cancaonova.com/padrebantu

Comentário - Construir a Casa do Reino

Todos nos queremos fazer com nossa vida algo que valha a pena. Quando somos jovens nossos desejos são muitos. Desde ter um bom trabalho ou talvez criar uma empresa até formar uma família. Ou ser missionário ou entrar na vida política para construir uma sociedade mais justa. Os desejos são muitos, mais as realizações não correspondem sempre à amplitude do que se sonhou. Sempre ficamos limitados. O bom trabalho ou a empresa que se formou com tanto esforço têm suas limitações. O político encontra as complicações das relações e com os interesses individuais que impedem a realização de seus sonhos. Até o missionário descobre passados os anos que nem tudo o que tem feito foi como desejou.
Assim é a vida. Com o passar do tempo descobrimos que o que temos levantado como edificação livre e responsável por nossa própria história, não segue exatamente os planos que fizemos em algum momento. Claro que uma coisa é fazer os planos no refúgio tranqüilo onde o arquiteto planeja e põem por escrito suas idéias e outra levar à realidade, construir a obra, encontrar com os operários, com os provedores, com os técnicos. Ao final o resultado não é exatamente o que estava nos planos.
Mas é de esperar que o resultado seja uma casa que sirva para o que se pensou. Ainda que não seja perfeita, ainda que tenha limitações e defeitos, mas que não caia e que proteja da chuva. E que esteja bem cimentada.
Como construir essa casa?A parábola do evangelho deste domingo convida-nos a levantar nossa própria história sobre a rocha verdadeira. Para isso devemos escutar a palavra de Jesus. E levantar sobre ela nossa vida. Ou, como se diz ao princípio do mesmo evangelho, devemos cumprir a vontade do Pai. E aqui chegamos ao problema de sempre: Qual é a vontade do Pai para nós?
Pelo menos, temos uma primeira resposta de Jesus: cumprir a vontade do Pai não consiste nem em profetizar no nome de Jesus, nem tirar demônios em seu nome, nem sequer em fazer milagres em seu nome. Tudo isso não serve mais do que para que Jesus nos diga que nos conhece e que não tem nada que ver conosco.
Devemos recordar o refrão que diz “A Deus rogando e com a clava dando”. E voltar aos evangelhos que se leram nos últimos domingos. A vontade de Deus é que nos voltemos ao irmão e irmã e construamos um mundo mais fraterno, mais solidário, um mundo onde ninguém esteja excluído e onde todos se possam se sentir filhos e filhas do único Pai que está nos céus. Tudo o qual tem pouco que ver com profetizar, jogar demônios ou fazer milagres. E tem muito que ver com afundar as mãos no barro das relações humanas, com aproximar-se das pessoas concretamente, com amar, com reconciliar, com perdoar, com estender pontes, com acolher...
Uma casa singela, para os irmãos Aí é onde se “cumpri a vontade de Deus.” Aí é onde se constrói uma casa sobre rocha, capaz de resistira os ventos e às inundações. Quando descobrirmos que do se trata não de construir minha casa senão a casa comum, a de todos, a dos filhos e filhas de Deus. Trabalhando por aí é como cumprimos a vontade de Deus e construímos a casa do reino.
O que Jesus nos propõe tem pouco glamour, é pouco vistoso. Faz-se no compromisso diário, nas relações com os outros no seio da família, no círculo de vizinhos, no mundo do trabalho, na comunidade paroquial, no compromisso político. Tem pouco que ver com esses milagres que mudam no dia em noite em um momento e deixam a todo mundo deslumbrado. O que Jesus nos propõe é um trabalho oculto, mais que é a forma mais segura de que o amor de Deus chegue ao coração das pessoas.
Como diz a primeira leitura, devemos escutar estas palavras de Jesus e as colocar no coração e na alma. Ensinam-nos o verdadeiro caminho. Desviar-nos dele é perder a melhor oportunidade de nossas vidas. E construir nossa casa sobre areia. Não durará muito! Mas se colaboramos com a graça de Deus, como diz Paulo, então nos encontraremos justificados, salvos. E nossa casa será a casa do reino.

Fernando Torres Pérez cmf



Homilia de Mons. José Maria Pereira – IX Domingo do Tempo Comum – Ano A
Construir na Rocha!


Em Dt 11, 18. 26-32 temos um discurso de Moisés no final da vida. Ele relembra aos Hebreus os compromissos assumidos para com Deus e os convida a renovar a Aliança com o Senhor. É um convite a ter a Palavra de Deus sempre presente: “gravada no coração e na alma”.
Jesus, em Mt 7, 21-27, afirma solenemente: “Nem todo aquele que me diz, ‘Senhor, Senhor entrará no Reino dos Céus, más sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus’”.
Na ocasião em que o Senhor pronunciou essas palavras, falava diante de muitos que tinham transformado a oração numa mera recitação de palavras e fórmulas, que depois não influíam em nada na sua conduta hipócrita e cheia de malícia. O nosso diálogo com Cristo não deve ser assim: Ensinava São Josemaria Escrivá: “A tua oração tem de ser a do filho de Deus; não a dos hipócritas, que hão de escutar de Jesus aquelas palavras: “Nem todo aquele que diz Senhor!, Senhor! entrará no Reino dos Céus”. – A tua oração, o teu clamar; Senhor!, Senhor!, tem de andar unido, de mil formas diversas no teu dia, ao desejo e ao esforço eficaz de cumprir a vontade de Deus” (Forja, nº 358).
O caminho que conduz ao Céu e à felicidade aqui na terra, diz Santo Hilário, “é a obediência à vontade divina, não a repetição do seu nome”. A oração deve fazer-se acompanhar do desejo de realizar o querer de Deus que se nos manifesta de formas tão variadas. “Seria estranho – exclama Santa Teresa – que Deus nos estivesse dizendo claramente que nos ocupássemos de alguma coisa que é do seu interesse, e nós não o quiséssemos, por estarmos mais interessados no nosso gosto”.
Que pena se Deus quisesse levar-nos por um caminho e nós nos empenhássemos em seguir por outro! Certamente gostaríamos de merecer que nos chamassem “aqueles que amam a vontade de Deus. Empreguemos os meios para isso, dia após dia! E esses meios consistirão normalmente em nos perguntarmos muitas vezes ao longo do dia: faço neste momento o que devo fazer?
O empenho em procurar em tudo a vontade de Deus – a sua glória – dá-nos uma particular fortaleza contra as dificuldades e tribulações que tenhamos de padecer: doenças, calúnias, dificuldades econômicas…
No texto de Mt 7, 21-27 que estamos meditando podemos identificar os falsos profetas, os falsos discípulos, os falsos cristãos. Estes são os que dizem “Senhor, Senhor”, mas não fazem a vontade de Deus; não mantêm com Deus uma relação de comunhão e de intimidade; têm Deus nos lábios, mas o seu coração está cheio de maldade… Falam muito e bem, mas as suas obras denunciam a sua falsidade. O verdadeiro cristão é aquele que une a vontade do Pai; aquele que une a fé à vida.
Jesus fala da casa construída sobre a rocha e sobre a areia.
A vida do cristão que segue o Senhor com obras – a sua casa – não desmorona, porque está edificada sobre o mais completo abandono na vontade de Deus.
Procuremos construir a casa sobre a rocha! Somente a fé, que se exercida numa adesão plena à vontade de Deus, permite ao homem edificar a sua casa sobre a rocha e não teme que ventos e tempestades invistam contra elas. A casa é a vida cristã, que, cimentada na fé de Cristo e no cumprimento de Sua palavra, pode lançar o desafio a qualquer furacão e ainda ao tempo e à morte, convertendo-se um dia em vida eterna.
Em que tipo de alicerce queremos construir a casa de nossa vida?
Sobre a rocha firme da Palavra de Deus ouvida e praticada ou sobre valores efêmeros do dinheiro, do poder, da fama, da glória, da mentira, da injustiça ou da violência?
Um alicerce sólido e forte pode servir também de apoio para outras edificações mais fracas. A nossa vida interior, impregnada de oração e de realidades, pode servir de ajuda a muitos outros homens, que encontrarão em nós a fortaleza necessária quando as suas forças fraquejarem.
Não nos separemos em nenhum momento de Jesus! “Quando te vires atribulado…, e também na hora do triunfo, repete: – Senhor, não me largues, não me deixes, ajuda-me como a uma criatura inexperiente, leva-me sempre pela tua mão!”. “Jesus, eu me ponho confiadamente nos teus braços, escondida a minha cabeça no teu peito amoroso, pegado o meu coração ao Teu coração: quero, em tudo, o que Tu quiseres” (São Josemaria Escrivá, Forja, nº 654 e 529). Só o que Tu quiseres, Senhor! Não quero mais nada!

Mons. José Maria Pereira



homiliadominical.blogspot.com

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